22 DE NOVEMBRO DE 2013
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O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — … e que o melhor que nos pode acontecer é terminarmos
este Programa de Assistência a que o Partido Socialista nos condenou.
O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — Muito bem!
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — É o melhor que pode acontecer ao País, é o melhor que pode
acontecer à maioria e é o melhor que pode acontecer ao próprio Partido Socialista, porque o Partido Socialista
também sabe que, se não cumprirmos esse Programa de Assistência, a nossa realidade só pode ser pior do
que aquela que temos neste momento.
Mais à esquerda, a visão é completamente diferente. Falava, ainda agora, o Sr. Deputado João Oliveira de
uma solução extraordinária: não cumprimos contratos, fazemos negociações unilaterais e conseguimos
resolver todos os nossos problemas. Há uma pequena objeção à trajetória sugerida pelo Sr. Deputado João
Oliveira: chama-se Estado de direito. Não vivêssemos nós num Estado de direito e tudo aquilo que o Sr.
Deputado João Oliveira disse seria, de facto, possível.
Vozes do CDS-PP: — É verdade!
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Mas os portugueses não estão na disponibilidade de trocar o
facto de viverem num Estado de direito democrático, de viverem num Estado em que os contratos são para
respeitar,…
Protestos do PCP.
… num Estado em que, quando nos comprometemos, fazemo-lo de uma forma definitiva, com vivermos
num Estado totalitário, que os senhores sempre preconizaram…
O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — Bem lembrado!
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — … sempre defenderam e agora levantam como grande
alternativa.
Aplausos do CDS-PP e do PSD.
Não, Srs. Deputados, esse não é o caminho que possamos seguir!
Protestos do PCP e do BE.
O caminho de rejeitarmos o projeto solidário e democrático da Europa não é um caminho que estejamos
disponíveis para cumprir. O nosso caminho é difícil, mas viável! É um caminho difícil, mas é um caminho que
respeita o futuro de liberdade dos portugueses!
O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — Muito bem!
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Não é um caminho que quer condicionar os portugueses a um
futuro de miséria com a ilusão, sempre utópica, de uma alternativa que simplesmente não existe.
O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — Muito bem!
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Vamos à realidade concreta, Srs. Deputados: a negociação
unilateral, como os senhores propõem, tem como consequência a exclusão de uma realidade comum em que
estamos inseridos, que é a realidade da moeda única.