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I SÉRIE — NÚMERO 33

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O Sr. Miguel Tiago (PCP): — É a aposta continuada nestas políticas de empobrecimento da população, de

concentração dos lucros que está apresentado na sua intervenção.

Como tal, independentemente do fim da vigência do pacto de agressão, não pode ser apresentada

nenhuma mudança, como, aliás, o Orçamento de 2014 deixa bem claro.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de terminar, Sr. Deputado.

O Sr. Miguel Tiago (PCP): — É tão incompatível a ideia do PS — que a Sr.ª Deputada denunciou da

tribuna —, como a ideia de que, com este Orçamento, é possível crescimento económico.

Sr.ª Deputada, termino com esta questão: essa ilusão que nos quer aqui vender sobre o fim do pacto e a

passagem a um outro modelo de regresso assistido aos mercados, ou seja o que for, na verdade, o que nos

quer dizer é que, quanto mais depressa entregarmos a carteira, mais depressa o ladrão deixa de nos apontar

a arma.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Exatamente!

O Sr. Miguel Tiago (PCP): — Mas, Sr.ª Deputada, nós não queremos entregar a carteira…

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Mas quem é o ladrão?!

O Sr. Miguel Tiago (PCP): — … e o ladrão, os grupos económicos que predam os interesses dos

portugueses e o nosso bem-estar fazem do Governo a sua arma.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para responder, tem a palavra a Sr.ª Deputada Cecília Meireles.

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Sr. Presidente, começo por cumprimentar a Sr.ª Deputada Cecília

Honório e o Sr. Deputado Miguel Tiago e agradecer as perguntas, às quais, aliás, vou responder em bloco até

porque, em muitos casos, foram semelhantes.

Começo pelas acusações de otimismo. Srs. Deputados, digo-vos com franqueza que já me acusaram de

muita coisa, mas de otimista foi a primeira vez, porque, por natureza, tendo a ser o contrário. O meu discurso

não é otimista. Aliás, se ouvir com atenção a quantidade de vezes em que se fala de sacrifícios, em que é

mencionada a palavra «difícil», em que são elencadas medidas, é óbvio que Portugal está a passar um

período muito, muito custoso e também é óbvio que não vai acabar como que por magia. Isto não é um

discurso otimista.

Agora, com franqueza, Srs. Deputados, o que também não entendo — e não sou eu que digo, mas o INE e

o Eurostat — é que, quando estes organismos dizem que há criação líquida de emprego, os Srs. Deputados.…

O Sr. João Oliveira (PCP): — Não dizem nada!

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Percebo que digam que o ritmo devia ser mais rápido. Eu também

estou de acordo.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Exatamente!

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Que seria se não estivesse de acordo!

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Mas não percebo que neguem a realidade. Isso é que, com

franqueza, não consigo compreender.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Exatamente!