I SÉRIE — NÚMERO 44
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São conhecidas as nossas propostas: coesão e competitividade. Se o Governo não o solicitar nem tomar a
iniciativa, o Partido Socialista, muito em breve, quando forem criadas as condições para uma discussão mais
aprofundada, mais sólida e com definição de prioridades, tomará a iniciativa neste Parlamento, através de uma
figura regimental, para provocar um debate sério e profundo sobre as verdadeiras prioridades do nosso País.
Vozes do PS: — Muito bem!
O Sr. António José Seguro (PS): — Quero terminar este ponto dizendo ao Primeiro-Ministro que o Partido
Socialista continuará com a postura que o senhor referiu, de enorme apego ao interesse nacional e, sobretudo,
com um enorme sentido de responsabilidade, numa discussão fundamental para o nosso País.
Os portugueses e Portugal contarão com essa atitude do PS também na discussão em matéria de fundos
comunitários.
Aplausos do PS.
Há duas questões muito simples que quero colocar ao Primeiro-Ministro. Uma delas prende-se com a
contribuição para a ADSE.
Como é sabido, o Governo decidiu solicitar aos funcionários públicos um aumento da sua contribuição para
a ADSE. Pergunto ao Primeiro-Ministro se parte dessa contribuição é destinada a outros fins, isto é, se parte
da contribuição dos funcionários públicos para a ADSE é destinada ao financiamento da atividade do Estado
ou se, pelo contrário, é exclusivamente dedicada ao financiamento da ADSE.
Segunda questão: foi sabido — o Governo já o anunciou — que houve um perdão fiscal. O País conhece
qual foi a receita extraordinária que adveio desse perdão, mas o País não conhece (e parece que é um
segredo de Estado) qual foi o custo para o Estado, quer no exercício de 2013, quer nos anos seguintes, de ter
feito esse perdão fiscal. É fundamental que o País saiba quanto se arrecadou, mas também é decisivo que o
País saiba quanto é que deixou de arrecadar-se em função desse perdão fiscal.
Aplausos do PS.
É uma transparência e é um dever do Sr. Primeiro-Ministro prestar essa informação aos portugueses.
Aplausos do PS.
A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.
O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado António José Seguro, o Partido Socialista
apresentou ao longo de vários meses, quase nove meses, as suas contribuições para a elaboração desta
proposta formal de acordo de parceria.
Devo dizer que todas as versões que fui acompanhando são bastante convergentes com aqueles que
eram, de resto, os princípios que o próprio Governo tinha definido na resolução do Conselho de Ministros,
ainda em 2012 e, depois, em 2013, quando se fixaram as prioridades estratégicas e os princípios orientadores
para a aplicação dos fundos.
A orientação sobre a competitividade da economia e a coesão territorial são igualmente princípios que
constam dessa resolução do Conselho de Ministros, que é pública, e que constam da versão final do acordo
de parceria.
O nível de contribuição que foi apresentado pela equipa do Partido Socialista é bastante positivo, tem
relevante detalhe e, nessa medida, apesar de o Partido Socialista ter desejado um envolvimento maior, posso
garantir que o Governo considera que esse envolvimento foi, sem dúvida, único quando comparado com o
passado.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.