6 DE FEVEREIRO DE 2014
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O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Está sempre tudo mal!
O Sr. Adão Silva (PSD): — Não há nada a fazer!
Já agora, também em relação ao Partido Socialista, que está a guardar silêncio ciosamente, um silêncio
comprometedor, um silêncio, diria até, doloroso, como eu os compreendo, Sr. Deputado José Junqueiro!
Como eu os compreendo!
De facto, as notícias são boas. São boas porque a questão do emprego é algo que enobrece o cidadão, é
algo que dá lugar ao cidadão na sociedade e é algo que sustenta o Estado social. O Estado social em Portugal
não é sustentável se não houver a convergência destes dois fatores: aumento do emprego e diminuição do
desemprego,…
O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Claro!
O Sr. Adão Silva (PSD): — … que foi exatamente o que disse o INE e que V. Ex.ª, e muito bem,
reproduziu na declaração política que fez da tribuna.
Quero dizer-lhe, Sr. Deputado, que houve tempos difíceis. O caminho, como V. Ex.ª diz, é duro, mas
estamos a virar a curva. Estamos na inversão do caminho e vemos que o País pode melhorar na economia,
com repercussões ao nível do emprego e do desemprego.
A segunda questão que me parece importante tem a ver com as leis laborais. Como foi difícil ajustar as leis
laborais — aliás, na sequência do Memorando de Entendimento — àquilo que eram as exigências da
economia e da sociedade portuguesas. Foi um trabalho difícil,…
O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Bem lembrado!
O Sr. Adão Silva (PSD): — … um trabalho de muita obstinação e de muita contrariedade, mas fez-se uma
reforma atualizadora e modernizada da legislação laboral.
O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Muito bem!
O Sr. Adão Silva (PSD): — Por isso, deixo esta pergunta, Sr. Deputado: qual é a ligação que faz entre a
reforma da lei laboral — onde, de resto, V. Ex.ª participou empenhadamente — e a sua repercussão nas
estatísticas do emprego e do desemprego que hoje o INE nos deixa de forma tão clarividente para nosso
contentamento, embora aparentemente para protesto lamentável de outros?
Aplausos do PSD.
Entretanto, assumiu a presidência o Vice-Presidente António Filipe.
O Sr. Presidente: — Sr. Deputado Artur Rêgo, tem a palavra para responder aos pedidos de
esclarecimento.
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Jorge Machado, devia estar tão enfeudado
com o discurso que já tinha pronto para fazer a seguir à minha intervenção que não deve ter ouvido bem o que
eu disse. Eu não apresentei nenhum mundo rosa. Eu disse, e repeti, da tribuna…
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Quatro vezes!
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — … que estes eram tempos duros, eram tempos difíceis, que centenas de
milhares de portugueses estavam a fazer enormes sacrifícios e que estavam no desemprego.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Disse-o quatro vezes!