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14 DE FEVEREIRO DE 2014

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O Sr. João Galamba (PS): — Não tenho problema em concordar com os meus adversários políticos. Se

isso vos causa algum problema, não causa, certamente, ao Partido Socialista!

Portanto, Sr. Deputado, atente bem nisto: mesmo em recessão, se descontar os combustíveis, a nossa

balança externa deteriorou-se, porque sem a refinaria de Sines as exportações crescem apenas 2.3%, mas as

importações crescem 2.8%. Ou seja, sem a refinaria de Sines, a taxa de cobertura deteriora-se, a balança

deteriora-se — e ainda estamos em recessão. Se acabar a recessão e a economia entrar em estagnação ou

crescimento económico, aposto consigo, Sr. Deputado, que a balança de pagamentos vai deteriorar-se outra

vez, porque essa grande melhoria de que o senhor tanto se vangloria deve-se, apenas, a uma coisa: à

pobreza. E se ela é estrutural, se essa redução é estrutural, o Sr. Deputado tem de dizer aqui, nesta Câmara,

a todos os portugueses e a todos os Deputados, que, então, o desemprego, as falências e a emigração que a

tornaram possível também são estruturais, e isso tenho a certeza que o Sr. Deputado não tem coragem de

dizer.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente: — Peço aos Srs. Deputados que se contenham no limite do tempo de que dispõem para

formularem perguntas.

O orador anterior também ultrapassou o seu tempo e, como a Mesa não prestou a atenção necessária, o

Sr. Deputado João Galamba teve direito a um pouco mais de tempo. Mas pedia aos próximos oradores o favor

de manterem o tempo regulamentar.

Sr. Deputado Hélder Amaral, tem a palavra para responder.

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, começo por agradecer aos Srs. Deputados Mariana

Mortágua e João Galamba as perguntas que me colocaram.

Sr.ª Deputada Mariana Mortágua, não deixa de ser curioso que tenha querido rebater aquilo que afirmei

dando dados ligeiramente diferentes, mas sempre dizendo «a crescer», «a crescer», «a crescer». Foi

exatamente o que eu disse!

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE) — É o milagre!…

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Em resposta à seriedade que me é pedida no debate — e julgo que

sobre isso não terá dúvidas —, reconheci que estamos a crescer menos do que no ano anterior mas, ainda

assim, e nas contas agregadas que fiz, provei que estamos, de facto, com números avassaladores em relação

a 2010, que é exatamente o ano do tal governo que o Sr. Deputado João Galamba defende com tanta

coragem.

O Sr. João Galamba (PS): — Não é com coragem, é com orgulho!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — O tal governo do Eng.º José Sócrates…

O Sr. Pedro Nuno Santos (PS): — Do PS!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — O tal governo do PS e do Eng.º José Sócrates, que aumentou em

44.3% a dívida pública …

O Sr. João Galamba (PS): — Ah, já mudou de tema!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Não vou mudar de tema, não.

Esse governo deixou o País numa situação financeira tal que dificultou a vida às famílias, às empresas e,

obviamente, dificultou toda a ação deste Governo, trazendo a troica, que nos põe limites evidentes a uma

governação que devemos fazer e que queremos fazer.