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I SÉRIE — NÚMERO 49

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A realidade é que hoje o País está melhor, hoje o País respira um clima de confiança, e existem dados que

podem comprovar exatamente isso.

A economia portuguesa cresceu nos segundo e terceiro trimestres de 2013. Enquanto o Partido Socialista

prefere falar numa espécie de «contentamento descontente», nós preferimos dizer que Portugal está

finalmente a crescer e que saiu da recessão técnica.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Em 2013, por cada empresa que fechou abriram mais duas, tendo

existido menos insolvências e uma quebra de 20% nos encerramentos. São dados do Instituto Nacional de

Estatística.

E o que diz a oposição sobre isso? Nada! Recordo, aliás, o que dizia, em palavras proferidas há um ano

atrás, o ex-Ministro da Economia, Manuel Pinho: que o «melhor indicador da mudança na economia eram as

falências e a criação de empresas». Ora, é exatamente esse indicador que nos dá o sinal que algo de positivo

está a acontecer na economia portuguesa.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Os indicadores de confiança dos consumidores e do clima económico

continuam a subir desde o início de 2013. Os consumidores e os empresários estão hoje mais confiantes no

seu País. Só a oposição é que continua a remar para o mesmo lado.

Poder-se-iam dar mais exemplos da recuperação económica e de outros dados, mas ficar-me-ei por este

último, dado o seu carácter fundamental: Srs. Deputados, as exportações portuguesas, em 2013, continuaram

a crescer, num contexto em que a Europa ainda atravessa enormes dificuldades.

Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Não desmentimos que o crescimento das exportações em 2013 foi

inferior ao crescimento verificado em 2012. Isto é também verdade.

Contudo, num contexto de austeridade na Europa, e quando se dizia que em 2012 Portugal já estava no

limite do seu potencial, no que respeita ao nível das exportações, a verdade é que o ano de 2013 representou

exportações de mais de 47 000 milhões de euros, quando em 2012 foram um pouco mais de 45 000 milhões.

Ou seja, existiu um crescimento superior a 4,5%.

Acresce ainda o facto de, apesar de as importações também terem crescido, Portugal ter conseguido

encerrar o ano com uma taxa de cobertura das suas exportações — prestem bem atenção, Srs. Deputados! —

de 83,6%, ou seja, o melhor registo desde 1977!

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Para todos aqueles que teimam em desvalorizar os dados sobre as exportações, dizendo que só um ou

outro grupo de produtos é que foi responsável por esse crescimento, permitam-me avançar alguns exemplos

de crescimento de exportações em 2013 — os dados que vou citar são da AICEP (Agência para o

Investimento e Comércio Externo de Portugal): plásticos e borrachas, 5,6%; químicos, 6%; alimentares, 8%;

pastas celulósicas e papel, 4,7%; calçado, 7,8%; materiais têxteis, 5,5%; ótica e precisão, 22,1%; peles e

couros, 22,3%.

Uma outra conclusão interessante sobre a evolução das exportações portuguesas poderá ser comparada

em termos do ano de 2010 e o ano de 2013.

Concluímos, com essa comparação, que as exportações de bens para fora da União Europeia já são

superiores em 50% face a 2010, enquanto dentro da União Europeia são de 18%. Fica assim bem patente que

as exportações portuguesas conseguiram conquistar novos mercados, num contexto de dificuldades

europeias: mais produtos, mais países, mais mercados — isso é uma evidência.

Quatro exemplos de destinos dos nossos bens que foram para fora da Europa: em 2013, face a 2010, as

exportações aumentaram, Srs. Deputados, mais de 50% para os Estados Unidos, mais de 63% para Angola,

mais de 75% para o Brasil e mais de 180% para a China.