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14 DE FEVEREIRO DE 2014

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Tem a palavra o Sr. Deputado Eduardo Cabrita, creio que também para interpelar a Mesa.

O Sr. Eduardo Cabrita (PS): — Sr.ª Presidente, de facto, já hoje mandei distribuir a todos os Deputados da

Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública a resposta que ontem o Governo prestou e na

qual caracteriza detalhadamente os 494 milhões de euros de perda de receita fiscal.

Peço à Sr.ª Presidente que a faça distribuir por todos os Srs. Deputados, dado que, manifestamente, não é

conhecida de todos e que demonstra como 38% da receita é perdida em despesa fiscal.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente: — Vai ser distribuída, Sr. Deputado.

Passamos, agora, à declaração política do CDS-PP.

Para o efeito, tem a palavra o Sr. Deputado Hélder Amaral.

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Numa declaração política

anterior, esbocei um enquadramento acerca do passado recente e da missão hercúlea que este Governo

herdou, mas nunca é demais relembrar.

Elevados défices, em torno dos 10%, como em 2009 e 2010, contribuíram para que a dívida pública

duplicasse, colocando o País em regime de protetorado, perdendo boa parte da autonomia financeira e

liberdade de decisão. Foi a falência, como é evidente, de um modelo de governação que não podemos nem

devemos repetir.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — O Governo procurou, desde o primeiro momento, de forma realista,

minimizar os sacrifícios, suavizar e adaptar o Programa de Assistência à realidade económica e social de

Portugal, protegendo os mais vulneráveis e repartindo equitativamente os sacrifícios.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Haja descaramento!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Os portugueses têm sofrido os efeitos de uma rutura financeira a que

chegamos em 2011, têm respondido ao desafio com enorme coragem e com uma notável responsabilidade, a

mesma que, muitas vezes, devo dizê-lo, tem faltado a quem, de forma irresponsável e perigosa, colocou o

País à beira do precipício.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Que falta de vergonha!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — É justo, por isso, prestar homenagem ao conjunto da sociedade

portuguesa. Existem hoje evidentes sinais de progresso ao nível das contas públicas portuguesas, ao mesmo

tempo que a economia começa finalmente a recuperar.

Há um País que todos os dias acorda com vontade de provar que é melhor, maior e mais forte do que as

dificuldades que enfrenta…

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Vocês é que não deixam!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — … e há um outro que nega a realidade, optando por dizer que os dados

estatísticos oficiais, quer sejam nacionais ou internacionais, não correspondem à realidade. Esses

portugueses sentam-se à esquerda deste Hemiciclo e são os mesmos que davam credibilidade aos dados que

hoje negam. Ninguém se lembra de os ver questionar, há um ano atrás, a veracidade dos dados quando eles

eram negativos.