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14 DE FEVEREIRO DE 2014

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Como sabe, a direita trouxe a debate uma proposta que beneficiava as grandes empresas e punha as

pequenas e médias empresas a pagarem mais 75% de impostos. Dessa vez, histórica e excecionalmente,

houve abertura para olharmos para o futuro, para garantirmos que as pequenas e médias empresas tenham

uma redução da taxa a pagar para 17% e que as grandes empresas continuem a pagar exatamente a taxa que

hoje pagam, sem qualquer redução, ao contrário do que, por vezes, o PCP vem dizendo.

Aplausos do PS.

Quando o Governo corta em 10% o complemento solidário para idosos, prejudicando os que recebem

pensões mínimas, quando o Governo corta salários a quem recebe 675 €, quando o Governo pretendia cortar

(e parece querer cortar) retroativamente pensões já constituídas, a nossa aposta é criar confiança, combater a

incerteza, olhar para o futuro com estabilidade nas políticas de rendimentos e preços, criando riqueza para a

repartir equitativamente, criando justiça para criar segurança, para dar esperança aos portugueses, para dar

esperança às empresas, que queremos que tenham sucesso para que os trabalhadores possam melhor

beneficiar desse sucesso.

O Sr. José Magalhães (PS): — Claro!

O Sr. Eduardo Cabrita (PS): — E, por isso, só hoje, quando o Governo veio confessar o seu expediente de

última hora, exatamente pelas responsabilidades parlamentares que tenho, entendi usar da palavra sobre esta

matéria.

O Governo, que tirou aos trabalhadores 3200 milhões de euros de IRS, 35,5% de enorme aumento de

imposto sobre o trabalho, mesmo assim, pela sua política recessiva, estava à beira de mais um estrondoso

fracasso em outubro passado, no final das oitava e nona avaliações. Socorreu-se, então, de um recurso de

última hora, de um recurso irrepetível, que não tem nada de estrutural, beneficia o infrator, prejudica

competitivamente as empresas cumpridoras e, como confessou ontem a Ministra das Finanças, nos custa

quase 500 milhões de euros. É isso a vossa justiça social? Não é esse o nosso caminho. O nosso caminho é

um novo rumo de confiança, de crescimento e de emprego.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente: — Sr. Deputado, tem ainda dois pedidos de esclarecimento.

Tem a palavra o Sr. Deputado Filipe Lobo d'Ávila, do CDS-PP.

O Sr. Filipe Lobo d’Ávila (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Eduardo Cabrita, fala-nos aqui da

troica desejada por esta maioria, fala-nos aqui de andarmos às cavalitas da troica. A verdade, Sr. Deputado, é

que se a troica entrou em Portugal foi pela mão do Partido Socialista!

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Pedro Jesus Marques (PS): — Os senhores desejaram-na!

O Sr. Filipe Lobo d’Ávila (CDS-PP): — Os senhores é que chamaram a troica e, seguramente, será esta

maioria que conseguirá terminar o programa de assistência iniciado pelo Partido Socialista.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Filipe Lobo d’Ávila (CDS-PP): — Esse novo rumo de que o Sr. Deputado fala só será possível

porque esta maioria vai conseguir terminar o programa de assistência.

Vozes do CDS-PP e do PSD: — Muito bem!