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17 DE ABRIL DE 2014

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Certo é que não sairemos desta crise sem uma Europa solidária. Certo é que estamos todos de acordo

quanto a isso, por muitos sofismas que venham aqui utilizar.

Aplausos do PS.

O que também ficou deste debate foi a vossa incapacidade de explicar um número, que aqui foi hoje

repetido por todas as bancadas mas também pelo Deputado Eduardo Cabrita e pela minha colega, a

Deputada Hortense Martins: 52 000 milhões de dívida a mais desde 2010, 22% do PIB acima da previsão que

os senhores fizeram para 2013, no DEO que fizeram em agosto de 2011,…

A Sr.ª Hortense Martins (PS): — Bem lembrado!

O Sr. Pedro Jesus Marques (PS): — … depois das reclassificações de dívidas, depois da consideração

dos montantes previstos no Memorando. Chegaram ao Governo, fizeram as contas todas, fizeram as

reclassificações e fizeram uma previsão para 2013 de 107% do PIB. Resultado: 129% do PIB, salvo erro de

memória!

Convido-os a consultar a página 36 do relatório do Orçamento do Estado para 2014 — o vosso relatório do

Orçamento do Estado —, que mostra com clareza que o principal responsável pelo aumento da dívida, nestes

anos, foi o chamado efeito «bola de neve», ou seja, o facto de os juros serem muito superiores ao PIB.

A recessão provocada pela austeridade em dobro é que fez com que a dívida ficasse muito acima daquilo

que os senhores previam, quando chegaram ao Governo.

Aplausos do PS.

Mas, obviamente, o que marca este debate de modo indelével é a recusa do PCP em assumir as

declarações do seu cabeça de lista ao Parlamento Europeu.

Sr. Deputado António Filipe, porque não é um responsável qualquer do Partido Comunista, o Sr. Deputado

tem de dizer se o cabeça de lista ao Parlamento Europeu, que defendeu que Portugal deve preparar-se para a

saída do euro, fala em nome do PCP. É a favor de uma saída de Portugal do euro por decisão e interesse

próprio, Sr. Deputado?! Por decisão e interesse próprio, Portugal, de modo unilateral, deve sair do euro? É

isso que o PCP defende?!

Protestos do PCP.

A Sr.ª Hortense Martins (PS): — Isso sempre defendeu!

O Sr. Pedro Jesus Marques (PS): — A queda dos salários, a queda das pensões, a queda das

poupanças, o aumento das dívidas das famílias, essas são as consequências da saída do euro.

Aplausos do PS.

Os senhores não podem ter uma cara, nas posições do cabeça de lista ao Parlamento Europeu, e outra

aqui, nesta vossa bancada!

O Sr. Deputado António Filipe não é um Deputado qualquer do PCP, assuma que quer defender a saída do

euro, de modo unilateral, como disse João Ferreira, mas explique as consequências aos portugueses.

Neste debate das eleições para o Parlamento Europeu, é este o debate que tem de se fazer.

Vozes do PS: — Bem lembrado!

O Sr. Pedro Jesus Marques (PS): — O PCP defende a saída do euro, defende a queda de salários, a

queda de pensões, a queda das poupanças, o aumento da dívida das famílias, o radicalismo. O isolacionismo

do PCP tem muitos custos para Portugal, João Ferreira fez cair a máscara do PCP.