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17 DE ABRIL DE 2014

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A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Com certeza, Sr. Presidente.

… se precisamos de pedir cerca de 2300 milhões de euros para pagar a despesa normal e corrente do

Estado, que não inclui juros, gostava de saber o que ia pagar esta dose adicional de austeridade.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Protestos do PS e do PCP.

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Jesus Marques, do PS.

O Sr. Pedro Jesus Marques (PS): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Já em jeito de encerramento, pelo

menos da nossa participação neste debate — e até foram aqui utilizadas expressões bastante deselegantes,

mas não vou por aí —, diria que enganados foram, pelo menos, os portugueses por esta maioria, e

sucessivamente enganados,…

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Pedro Jesus Marques (PS): — …tanta é a diferença entre o que prometeram em campanha eleitoral

e o que fizeram depois de chegarem ao Governo: eram o 13.º e o 14.º meses, cujo corte era um disparate;

eram as pensões, que, se alguém as cortasse, era apropriar-se de algo que era dos portugueses.

O Sr. António Braga (PS): — Exatamente!

O Sr. Pedro Jesus Marques (PS): — Foi só depois de chegar ao Governo que Passos Coelho disse aos

portugueses: «Não tenhamos ilusões, só sairemos desta situação empobrecendo». Isso é que foi enganar os

portugueses, Sr. Deputado.

O Sr. Luís Menezes (PSD): — Vocês é que enganaram os portugueses! É preciso não ter vergonha!

O Sr. Pedro Jesus Marques (PS): — Tudo isso foi pedido aos portugueses em nome da dívida pública, da

resolução da situação da dívida pública depois da crise. E a dívida, mesmo assim, não parou de aumentar —

52 000 milhões de euros! E ainda hoje, aqui, tentaram outra vez enganar os portugueses sobre os motivos do

aumento dessa dívida pública. Isso é que é enganar os portugueses!

Protestos do PSD.

Mas enganar os portugueses era também se eles fossem «no canto de sereia» do PCP, que propõe a

saída unilateral do euro. Os portugueses têm de saber — e fica claro hoje, aqui — que o PCP propôs e não

desmentiu a saída unilateral do euro. Assim, estaria a propor cortes de salários, cortes de pensões, cortes nas

poupanças dos portugueses e aumento da dívida das famílias. Esse também seria o engano maior dos

portugueses!

Aplausos do PS.

Protestos do PCP.

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado João Oliveira,

do PCP.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: No encerramento de um debate com

esta relevância, não podíamos deixar de começar por registar a repetição, uma vez mais e três anos depois,

da ausência do Governo numa matéria que é, obviamente, de interesse nacional.