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9 DE MAIO DE 2014

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ser cortado porque, e cito, «Sabemos que alterar as regras do subsídio de desemprego num momento de crise

implica que haja consequências menos positivas para alguns dos beneficiários, mas todos temos consciência

de que estamos sob observação». Isto, Sr.ª Deputada, um ano antes da assinatura do Memorando de

Entendimento!

Já agora, permita-me que lembre que o decreto-lei que os senhores aqui aprovaram e que majorava o

subsídio de desemprego para os casais…

O Sr. Filipe Neto Brandão (PS): — A lei!

O Sr. João Figueiredo (PSD): — Tem razão, Sr. Deputado, a lei. A lei que os senhores aprovaram e que

majorava o subsídio de desemprego para os casais, mal entrou em vigor, foi imediatamente suspensa pelo

vosso partido. Então, esta é que é a vossa sensibilidade social? Esta é que é a vossa consciência social?

A Sr.ª Maria das Mercês Soares (PSD): — Muito bem!

O Sr. João Figueiredo (PSD): — Começa a ser extremamente difícil para o PS lidar com sinais indicativos

da sociedade portuguesa. A sua intervenção, Sr.ª Deputada, denota um sentimento de completo desprezo

pelo sacrifício dos muitos portugueses que conseguiram ter esperança num futuro melhor.

A Sr.ª Deputada, na sua intervenção, falou de números. Gostaria de dizer que Portugal integra o grupo dos

cinco países onde o desemprego mais desceu em termos homólogos.

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — E em termos totais?!

O Sr. João Figueiredo (PSD): — Mantém-se a taxa de desemprego de março relativamente ao ano

anterior, há uma diminuição relativamente ao mês homólogo de 2013 e, quanto ao desemprego jovem, que é

uma preocupação que temos presente, houve uma diminuição de 23 000 jovens desempregados no período

de um ano.

Mas parece que o desemprego só começou a subir quando houve o período de ajustamento. Como sabem,

em nenhum país que foi objeto de ajuda externa o desemprego subiu, porque, em 2005, o desemprego atingiu

484 000 pessoas e, em março de 2011, atingiu 555 000 pessoas, num período de aparente crescimento

económico, num período em que não estávamos a pagar contas e não era um período de extrema dificuldade.

Mas já sabemos muito bem qual é a vossa sensibilidade!

Sr. Presidente, não quero terminar sem, antes, perguntar o seguinte: está tudo bem? Não, nós sabemos

que não está tudo bem. Sabemos que importa colocar a economia a crescer para produzir riqueza, para criar

postos de trabalho exatamente para combatermos a exclusão social.

Sr.ª Deputada, coloco-lhe uma questão muito direta. Em 2009, ano de eleições, o défice chegou quase aos

10% e o Partido Socialista torrou todos os saldos da segurança social. A Sr.ª Deputada está disponível para

pedir desculpa aos portugueses, porque o dinheiro que foi gasto nessa altura tanta falta teria feito por estes

dias?

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Filipe

Lobo d’Ávila.

O Sr. Filipe Lobo d’Ávila (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Sónia Fertuzinhos, queria começar

por dizer-lhe que a sua intervenção causou-me alguma surpresa, desde logo porque — e utilizando os termos

«alternativas» e «responsabilidade» usados pela Sr. Deputada na sua intervenção — ignora aquela que deve

ser a nossa primeira e conjunta responsabilidade e alternativa. Trata-se, não pode deixar de ser, de aprender

com os erros do passado,…

O Sr. Hélder Amaral (PSD): — Muito bem!