I SÉRIE — NÚMERO 82
14
Vozes do PCP: — Muito bem!
A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Há alternativa ao desemprego e esta é o emprego com direitos, é a Constituição
de Abril, são os valores de Abril, a valorização do trabalho e do futuro de Portugal. Mas para isso é preciso
derrotar este Governo, esta troica, esta política de direita que tem destruído e condenado o País, porque há
alternativa a este caminho.
Aplausos do PCP.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado José Manuel
Canavarro.
O Sr. José Manuel Canavarro (PSD): — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Helena Pinto, começo por si, com a
quinta parte da minha intervenção, agradecendo o facto de me ter lembrado que me tinha esquecido dessa
mesma quinta parte.
Risos do BE.
O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Isso é porque não tem solução!
O Sr. José Manuel Canavarro (PSD): — Queria dizer-lhe que me limitei a formular, no contexto da minha
intervenção, duas meras opiniões pessoais e acho que o posso fazer, aliás, que o devo fazer, também. Na
verdade, nem nas questões fraturantes nem noutras o meu partido me impede de ter a minha posição.
Aplausos do PSD.
O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Muito bem!
O Sr. José Manuel Canavarro (PSD): — Tenho uma posição e expressei duas opiniões pessoais numa
intervenção que demorou 10 minutos e 44 segundos. Ou seja, no restante tempo falei em nome da minha
bancada.
Aqui, fiz uma ressalva, e fi-la em dois aspetos. Primeiro aspeto: no contexto europeu, a atenção que deve
ser prestada à situação social em Portugal deve ser maior. Este é um primeiro ponto que me implica e vincula
a mim.
Segundo aspeto: no vosso projeto, embora ele tenha algum cariz assistencialista — aquilo que os senhores
tanto condenam, e poderia ler-vos passagens do próprio para verificarem o cariz assistencialista do vosso
projeto —, há um ou outro aspeto que merece ser estudado e considerado. Esta é uma opinião pessoal, não
tem mal nenhum.
Portanto, a quinta parte da minha intervenção é esta: a de que eu tenho direito a ter opinião pessoal e
posso expressá-la.
O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Muito bem!
O Sr. José Manuel Canavarro (PSD): — Quanto aos 450 000 desempregados que a Sr.ª Deputada referiu,
evidentemente que não contesto números e são números alarmantes. Mas também é verdade que desde 2011
até 2013, num quadro de assistência económica e financeira — e é uma questão de compararmos todos os
países que são objeto ou alvo de assistência económica e financeira —, o desemprego estrutural em Portugal
não aumentou. Esse é um aspeto que é relevante e que importa mencionar.
O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Emigraram!