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13 DE MAIO DE 2014

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progressos feitos entre tantos sacrifícios e, avançando, não deixarmos que tudo desande outra vez. Não

podemos trair.

Entristece-me o número de compatriotas que, nestas sétimas eleições europeias desde 1987, ainda dizem

não saber para que servem e delas se afastam. Das duas últimas vezes, a abstenção superou os 60%, o que

é péssimo sinal. E nem a circunstância de não ser caso único — nem nós somos, bem pelo contrário, o único

país em que tal acontece, nem esta é a única eleição em que tal sucede na crise contemporânea das

democracias ocidentais — pode servir-nos minimamente de consolo ou de desculpa. Não temos feito o

suficiente para esclarecer e motivar a cidadania.

Nesta hora, porém, o tempo é de ação e não de lamúrias ou recriminações. Como diz o ditado «em tempo

de guerra não se limpam armas». E esta é, portanto, a hora de agir e não tanto de filosofar.

É certo que há muitos que se interrogam — eu também — sobre o rumo atual da Europa e o seu futuro

próximo, sobre as crises arrastadas em que se tem empastelado, sobre os sinais de inconsequência e

desnorte, sobre sintomas de decadência ou de perda de sentido. Mas este não é o tempo das perguntas; é o

tempo das respostas. Este é o tempo de a Europa nos perguntar, e não nós a ela.

Esta não é a hora de cismarmos: «ó Europa, para onde vais tu?», mas é a hora de a Europa nos interrogar:

«ó europeus, para onde querem que eu vá?».

É, sem dúvida, profundo e inteligente meditarmos e filosofarmos sobre a magna questão: «Europa, onde

está a tua alma?» Mas seria superficial e estúpido pensarmos que outrem, que não nós próprios, cidadãos

europeus, seria capaz de a dotar daquela alma cheia, motivadora e carregada de esperança, de que sentimos

tanta falta. Só nós poderemos preencher o vazio que sentimos. Só nós poderemos fazer reencontrar o rumo

que achamos que se perdeu.

Quando renascem os egoísmos nacionais e fronteiras implícitas para estatutos diferentes, nós seremos, na

Aliança Portugal, porta-vozes exigentes da coesão.

Quando alguns promovem agendas estranhas ao projeto europeu e querem impor novos valores sobre

debates culturais que só fazem sentido a nível nacional, nós seremos, na Aliança Portugal, porta-vozes da

subsidiariedade e da diversidade.

Quando se arrasta nas superestruturas mandantes uma mentalidade mais de «demofobia» (medo do povo)

do que de democracia (governo do povo), concorrendo para que a Europa se atasque no atoleiro de uma

oligarquia obscura, nós seremos, na Aliança Portugal, porta-vozes incansáveis do aprofundamento

democrático da União e das suas instituições.

Quando, até em alguns traços principais e simbólicos, a Europa parece ter-se afastado dos cidadãos, em

lugar de deles se aproximar, nós seremos, na Aliança Portugal, porta-vozes persistentes da recuperação do

tempo perdido e de uma nova ousadia no envolvimento próximo e efetivo da cidadania nacional e europeia.

Quando se insinua e avança uma tentativa de desenho das coisas cada vez mais centralizado, servindo o

mando e os interesses de uns poucos, nós seremos, na Aliança Portugal, porta-vozes infatigáveis de uma

visão multipolar, policêntrica e descentralizada da Europa — a única visão que poderá ter sucesso e aquela

também onde nós poderemos reconstruir, valorizar e afirmar uma nova centralidade portuguesa, agora no

quadro aberto de um desígnio comum europeu.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. José Ribeiro e Castro (CDS-PP): — Não podemos desistir, nem sequer hesitar.

Estas são algumas das razões nacionais para um voto esclarecido e informado em 25 de maio. Mas, no

plano europeu, a candidatura de Jean-Claude Juncker à presidência da Comissão Europeia é também um

fortíssimo incentivo a votarmos nas listas que se identificam com o Partido Popular Europeu. Juncker é o mais

experimentado dos candidatos apresentados, um homem com vastíssima experiência de Governo, um político

conhecido e respeitado em toda a Europa e no mundo, um líder habituado a lidar e a prevalecer sobre os

interesses financeiros, o dirigente que mais tempo esteve à frente do Eurogrupo e que domina todos os seus

sobressaltos, meandros e avanços, um centrista social-cristão, um grande amigo de Portugal. Qual é, por isso,

o voto seguro? O voto seguro é Aliança Portugal.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.