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13 DE MAIO DE 2014

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relativamente às propostas do seu Governo e o que estas dizem sobre a confiança em que este Governo

cumpre os acordos que celebrou.

Mas o Sr. Deputado, novamente, não negou os números que aqui lhe trouxe sobre o que fizeram à

negociação coletiva; não negou os números dos cortes nos salários, nas pensões, nas reformas; não negou os

números do aumento de impostos; não negou os números dos cortes nos apoios sociais; não negou os

números dramáticos ao nível da pobreza e da redução dos níveis de vida dos portugueses; não negou que

27% dos trabalhadores da função pública perderam massa salarial com o vosso Governo e não negou que,

com as propostas que querem levar avante, 15% dos trabalhadores no privado vão perder salário e

rendimento.

Pergunto ao Sr. Deputado Adão Silva: acha que os portugueses gastaram demais? Acha que os

trabalhadores do setor privado e do setor público com reduções de 27% na massa salarial e de 15% estão a

gastar demais?

O Sr. Adão Silva (PSD): — O Governo socialista é que gastou demais?

O Sr. Nuno Sá (PS): — Pois devo dizer-lhe, Sr. Deputado, que vivem com muitas dificuldades

sobrecarregadas por três anos da vossa governação. Foram três anos da vossa governação que levaram a

estas dificuldades.

Termino, Sr. Deputado, dizendo-lhe que esperava que negasse algum destes números para vencer o

debate, para mostrar aos portugueses que a intervenção que fez de elogio ao Governo tinha um mínimo de

fundamento e também esperava que até pudesse dar boas notícias.

A Sr.ª Presidente: — Queira concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Nuno Sá (PS): — Termino, Sr.ª Presidente.

Preocupa-nos aquilo que são as vossas intenções e os compromissos assumidos, por escrito, com a troica.

São compromissos assumidos que, a juntar a estes cortes e ao corte de 15% nos salários dos trabalhadores,

ainda se preparam para fazer no futuro!

Gostava que o Sr. Deputado revelasse, isso sim, o que pretende fazer no futuro, mas sobre isso nem uma

palavra do PSD.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente: — Os Srs. Deputados tendem a duplicar o tempo de que dispõem para intervir. Por isso,

pedia que observassem mais os limites do tempo.

Para pedir esclarecimentos, tem a palavra a Sr.ª Deputada Mariana Aiveca.

A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — Sr.ª Presidente, é absolutamente espantoso ouvir a direita dizer que «lhe

rebentaram os beiços».

Srs. Deputados do PSD, os senhores aprovaram o Memorando, estiveram com ele, aprovaram todos os

Orçamentos do Estado que os antecederam, bem como todos os PEC (Pacto de Estabilidade e Crescimento).

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — É verdade!

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Menos o PEC 4!

A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — Portanto, naturalmente que os vossos «beiços» só podiam rebentar.

Sr. Deputado Nuno Sá, queria colocar-lhe algumas perguntas relativamente à sua intervenção, com a qual

concordo. Aliás, o Sr. Deputado falou, e bem, naquilo que é o dividir para reinar deste Governo no que à

contratação coletiva diz respeito.

A contratação coletiva, como bem sabe, nasceu para a defesa coletiva dos de baixo, é um grande avanço

de civilização do último século e é exatamente sobre esse avanço que o Governo da direita desfere o seu