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13 DE MAIO DE 2014

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O Sr. João Oliveira (PCP): — Exatamente!

O Sr. Paulo Sá (PCP): — … é um processo de integração orientado para a concentração de poder nas

principais potências capitalistas da União Europeia, em instituições supranacionais distantes do controlo dos

povos; é um processo de integração realizado à custa da erosão da democracia em todas as suas vertentes,

económica, social e até política, e é um processo de integração realizado à custa da degradação das

condições de vida dos trabalhadores e dos povos.

Há três anos foi esta a opção do PS, do PSD e do CDS, e hoje, passados três anos, continua a ser esta a

vossa opção. Ao longo dos últimos anos, o CDS e o PSD, de mãos dadas com o PS, aderiram

entusiasticamente a um conjunto de instrumentos, entre os quais avulta o tratado orçamental, que têm um

único objetivo: garantir a perpetuação da política da troica, da política de exploração e de empobrecimento.

O Governo tentou, nos últimos dias, montar uma operação de propaganda em torno da saída limpa,

tentando enganar os portugueses em plena campanha eleitoral, mas, Sr. Deputado, não há qualquer saída da

política da troica, muito menos uma saída limpa, o que há é a continuação da mesmíssima política — a política

da troica, a política de exploração e de empobrecimento. E se dúvidas houver, Sr. Deputado José Ribeiro e

Castro, faça o favor de olhar para o Documento de Estratégia Orçamental, onde se anunciam mais roubos de

salários e pensões, mais impostos e contribuições, menos serviços públicos.

Aplausos do PCP.

E se ainda ficar com dúvidas ouça as palavras do Presidente da República, que disse que os sacrifícios

para os portugueses deviam continuar até 2035.

Enquanto o Governo monta esta operação de manipulação, de mistificação sobre a saída limpa, o PS

assobia para o lado, tentando esconder dos portugueses que, juntamente com o PSD e o CDS, defendeu e

subscreveu o tratado orçamental destinado a perpetuar a política da troica. E o PS, o PSD e o CDS, os três

partidos da troica interna, são os responsáveis pelo empobrecimento do País e dos portugueses e devem ser

responsabilizados nas próximas eleições do dia 25 de maio.

Essas eleições, Sr. Deputado José Ribeiro e Castro, constituirão uma oportunidade para dizer basta: basta

da falsa alternativa entre PS, PSD e CDS! Basta de política de empobrecimento! Basta de sacrifícios para a

imensa maioria para benefício de uma ínfima minoria!

Aplausos do PCP.

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado José Ribeiro e Castro, para responder.

O Sr. José Ribeiro e Castro (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Paulo Sá, muito obrigado pelas

suas questões.

Devo dizer-lhe, Sr. Deputado, que houve um trecho de entusiasmo na sua pergunta em que pensei que o

senhor ia defender a saída da União Europeia!

O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — Exatamente!

O Sr. José Ribeiro e Castro (CDS-PP): — Em que pensei que o Sr. Deputado ia defender explicitamente,

como já ouvimos dizer o vosso cabeça-de-lista, a saída do euro!

O Sr. Paulo Sá (PCP): — Já está a fugir às questões que lhe foram colocadas!

O Sr. José Ribeiro e Castro (CDS-PP): — Não estamos de acordo com isso, e seria bom dizê-lo

claramente. E não estamos de acordo com isso porquê? Porque é preciso dizer aos portugueses que, se isso

acontecesse, os sacrifícios que todos teríamos de suportar seriam indizíveis. Indizíveis!