13 DE MAIO DE 2014
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apertados. Um Programa que assentava em três pilares fundamentais: a consolidação das contas públicas; a
estabilização financeira; a transformação estrutural, aliada à reconquista da credibilidade junto dos mercados e
dos parceiros externos.
Tivemos de agir rapidamente, para minimizar a trajetória de recessão, para estancar a dívida, para
preservar o Estado social e preparar o crescimento sustentável da economia.
O Governo e esta maioria assumiram que o cumprimento integral do plano de resgate teria de ser
conseguido de forma justa e equitativa. Procurámos proteger os mais expostos e exigir mais àqueles que mais
têm.
O Governo e a maioria fizeram reformas. Reformas que permitiam superar dificuldades; reformas que
corrigiam problemas e desequilíbrios; reformas destinadas a transformar Portugal, para que as gerações
futuras não tenham de pagar o preço de um quarto pedido de ajuda externa.
O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Muito bem!
O Sr. José de Matos Rosa (PSD): — Já vivemos esta experiência humilhante três vezes, em 40 anos de
democracia.
Sr. Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados, é disso que se trata: responsabilidade coletiva.
O PSD está a comemorar os 40 anos da sua fundação e de democracia e tem bem presente o peso da
responsabilidade que sempre sentiu ao longo da sua história.
Primeiro, quando os seus fundadores começaram a lutar contra a ditadura pela conquista dos direitos,
liberdades e garantias individuais dos portugueses. Lutaram dentro da Assembleia e lutaram trabalhando com
alguns setores militares que estiveram na origem do 25 de Abril.
O PSD sentiu o peso dessa responsabilidade quando lutou, depois, pela adoção de um regime parlamentar
do tipo ocidental.
O PSD lutou e lutará sempre pela democracia.
Aplausos do PSD.
Foi o peso desta responsabilidade que o PSD assumiu quando lutou, depois, pela consolidação do regime
democrático e pela desmilitarização do regime, reconhecendo sempre o papel decisivo e patriótico
representado pelos militares de Abril.
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. José de Matos Rosa (PSD): — Uma responsabilidade que nos colocou novamente à prova quando
lutámos pela integração convicta de Portugal na Europa e quando lançámos, depois, Portugal na primeira
vaga de modernização da sua história.
Sr. Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: O PSD está a comemorar os 40 anos da sua fundação e de
democracia em Portugal.
Quis a história que estas comemorações do triunfo da luta pela liberdade coletiva coincidissem com o fim
do mais penoso de todos os resgates a que já fomos sujeitos, o que significa que Portugal começa agora a
recuperar parte da soberania que perdeu, por via de um pedido de ajuda financeira internacional feito por um
Governo do Partido Socialista!
A pergunta que devemos fazer é esta: qual o caminho certo para não voltarmos a viver o pesadelo da
irresponsabilidade? Sem dúvida que o caminho feito foi aquele que se traduziu no mais correto.
Não há missões perfeitas, mas temos a consciência de que agimos com base numa estratégia que haveria
de dar frutos e hoje as nossas escolhas revelam progressos significativos e muito bem sucedidos. Estamos
com níveis de confiança na economia muito positivos e todas as instituições estão a rever em alta as
projeções económicas, na produção industrial, no aumento das exportações, na criação de empresas, na
descida das taxas de juro, na confiança dos mercados.
Sr. Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: O fim do Programa de Assistência não significa, como é óbvio, o
regresso ao desbaratar e a um modo de governação que os portugueses não querem.