I SÉRIE — NÚMERO 84
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Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. José de Matos Rosa (PSD): — Percorremos a primeira parte da maratona com a nossa admiração
pelo trabalho, pela resiliência e pelo esforço dos cidadãos e das empresas, mas não podemos desbaratar o
resto do caminho e deitar tudo a perder, tudo o que fizemos coletivamente nestes 1000 dias.
O Governo continuará com o processo de reformas estruturais, de reforço da competitividade e da melhoria
dos níveis de emprego.
Aos Srs. Deputados da oposição, que continuam a oferecer o discurso do facilitismo, das medidas
generosas e das soluções fáceis, lembramos que os portugueses já não se deixam seduzir pelo canto da
sereia…
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. José de Matos Rosa (PSD): — Quem passa o tempo a vender ilusões, mais cedo ou mais tarde,
terá o reconhecimento que merece. Os portugueses merecem uma oposição que saiba estar à altura dos
desafios históricos que Portugal enfrenta diariamente.
Três anos volvidos e 450 medidas executadas pelo Governo e por esta maioria, podemos dizer: o nosso
espírito foi e será sempre servir Portugal, servir os portugueses, colocando Portugal e os portugueses acima
de tudo.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Inscreveram-se dois Srs. Deputados para pedir esclarecimentos. O
Sr. Deputado informará a Mesa se responde individualmente ou em conjunto.
Tem a palavra a Sr.ª Deputada Sónia Fertuzinhos.
A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Matos Rosa, começo por felicitá-lo, à sua
bancada e ao PSD por 40 anos de história e de vida.
Sr. Deputado, gostava de poder continuar numa linha que fosse a de honrar o melhor da história do PSD,
mas a sua intervenção não me permite fazê-lo — lamento!
Vozes do PSD: — Oh!
A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Sr. Deputado, não considero que seja uma feliz coincidência o PSD
comemorar, nesta altura, os seus 40 anos.
É que não é feliz coincidência o PSD comemorar 40 anos com o País no estado em que está e não é feliz
coincidência o PSD comemorar os 40 anos estando num governo que executou um Memorando que resulta do
chumbo do PEC 4, que os senhores chumbaram.
Aplausos do PS.
Protestos do PSD.
Sr.as
e Srs. Deputados, os senhores, que chumbaram o PEC 4, sabiam que com isso estavam a impor ao
País um pedido de ajuda externa.
Mas, se o PEC 4 vos traz muita dor, recordo um outro episódio: o de que o atual Primeiro-Ministro, líder do
PSD, disse: «Não tenho qualquer problema em governar com a troica», ou o que o atual Presidente do PSD e
Primeiro-Ministro disse: «O programa da troica é o meu programa» ou o que o Sr. Dr. Eduardo Catroga, que
negociou o Memorando em nome do PSD, disse: «O Memorando estava muito beneficiado por causa da
intervenção do PSD».