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29 DE MAIO DE 2014

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nossos colegas que têm a responsabilidade de levar a nossa mensagem ao Parlamento Europeu e, aí, sim,

transmitir aqueles que são os nossos valores, os nossos interesses e as nossas preocupações. Foi a

mensagem que aqui deixei e que também lhes quis transmitir. E porquê? Porque houve eleições europeias.

Foi isso que fizemos: escolhemos representantes. Não estivemos a julgar ninguém, porque, se estivéssemos a

julgar alguém, não teríamos tido este tipo de eleições, teríamos tido outro tipo de apreciação, e essas, Sr.

Deputado, haveremos de as ter.

Mas os senhores, que tanto defendem a Constituição, que são tão preocupados com ela, deviam

preocupar-se também com a salvaguarda dos mandatos. É que aquilo que nós fazemos é isso mesmo:

levamos o nosso mandato e a nossa responsabilidade até ao fim.

O Sr. Luís Menezes (PSD): — Muito bem!

O Sr. António Rodrigues (PSD): — Quando houver eleições para prestar contas, nós lá estaremos, a

discutir convosco.

O Sr. Luís Menezes (PSD): — Muito bem!

O Sr. António Rodrigues (PSD): — Sr.ª Deputada Cecília Meireles, agradeço também as suas perguntas,

que dariam azo a uma discussão tremenda, não entre nós, não entre os partidos que fizeram parte da Aliança

Portugal, não entre os partidos que suportam este Governo, porque temos opinado sobre estas matérias em

muitas ocasiões e, em muitas ocasiões, temos opiniões muito iguais, como sucede com o Partido Socialista,

que muitas vezes acompanhamos.

Somos, necessariamente, pelo consenso europeu, porque Portugal precisa da Europa tanto quanto a

Europa precisa de Portugal. Somos uma das partes desta Europa que ajudamos a construir e à qual queremos

continuar a dar o nosso contributo, mas exigimos que a Europa, os restantes 27 Estados, também seja

solidária connosco. Por isso, o princípio da solidariedade, os valores da dignidade humana, da liberdade, da

justiça, da segurança, estão sempre presentes no nosso discurso, não apenas como discurso, não apenas

como prática, mas, acima de tudo, como condição imanente da nossa forma de estar na Europa.

Seguramente, por isso, preocupam-nos aqueles que foram os resultados eleitorais, principalmente em matéria

de abstenção.

Houve um claro afastamento dos cidadãos europeus da participação eleitoral. Houve um Estado, como já

aqui foi recordado, em que a abstenção chegou aos 87% e a Europa não pode esquecer nem se pode

esconder disto, tem de olhar para isto. Mesmo em Portugal, onde dois terços dos cidadãos não votaram, há

que acrescentar os 250 000 votos brancos e nulos de pessoas que não se quiseram exprimir.

Portanto, há que encontrar formas de dar azo a que as pessoas voltem a participar nos processos

eleitorais, acima de tudo por uma razão: tivemos eleições europeias mas muitos daqueles que nelas

participaram não quiseram discutir a Europa. Enquanto continuarmos a confundir os eleitores e a nacionalizar

a discussão europeia, quando o que importa é discutir o futuro, continuaremos a ter estes resultados. Os

resultados não são muito diferentes do que foram há cinco anos, o que é importante e o que é novo é termos

tido agora partidos extremistas, partidos eurocéticos, que se vão digladiar no Parlamento Europeu e que nos

vão obrigar, sob o condão e a liderança, neste caso, de Jean-Claude Juncker, como referiu, mas contando

também com os nossos parceiros que pensam da mesma forma que nós, em termos de futuro europeu.

Portanto, temos de construir uma solução que conduza a um futuro da Europa, que lute contra esses

eurocéticos, que lute contra esses extremistas, que lute contra aqueles que defendem a xenofobia e o

racismo, porque essa não é a nossa política, esses não são os nossos princípios e contra isso estaremos

sempre na linha da frente. E para isso, para levar a bom porto a obra de construir uma Europa unida,

contaremos sempre, e estamos convictos de que também o PP, com os outros partidos, que não são apenas

aqueles que têm sido os governantes da Europa mas todos os que defendem este tipo de discurso e de

prática.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.