31 DE MAIO DE 2014
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aplicação rigorosa do programa Portugal 2020, que nos dará a possibilidade, nos fundos estruturais, de injetar
na economia portuguesa, nos próximos sete anos, cerca de 28 000 milhões de euros, e fazê-lo sobretudo a
pensar na qualificação dos portugueses e a pensar nas pequenas e médias empresas. É essa confiança, Sr.
Deputado, que se respira no País e que nós temos o dever de regar, acarinhar, incentivar, alargar e
aprofundar.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
A Sr.ª Deputada Catarina Martins começou por dizer que não queria trazer para aqui estados de alma
partidários. Como eu a percebo, Sr.ª Deputada!
Risos do PSD.
E perguntou: «Está o País melhor? Agiu o Governo em nome dos portugueses e do interesse do País?
Cumpriu o Governo os compromissos que assumiu?».
Sr.ª Deputada, vou responder sumariamente às três questões. Sim, o País está melhor. Acabei de o dizer!
O País tem, hoje, condições para preparar não apenas o crescimento, que nós já temos vindo a constatar
— não é uma questão de opinião, o País tem estado a crescer, e com certeza não tem estado a crescer por
estar pior; pior é quando se está em recessão, não é quando se está a crescer, Sr.ª Deputada —, mas
também porque realizou um conjunto de reformas importantes durantes estes anos que não se limitaram ao
aperto orçamental e, portanto, à correção das contas públicas, destinaram-se, também, a criar melhores
condições estruturais para o crescimento sustentado do País. Essas condições foram reunidas e, portanto,
sim, Sr.ª Deputada, o País está melhor e estaria pior se não tivesse feito essa agenda de reforma estrutural.
Agiu o Governo em nome dos portugueses e do interesse nacional? Não poderia ter agido de outra
maneira, porque se o não tivesse feito o País seguramente não teria, como o fez, dado todas as condições…
A Sr.ª Catarina Martins (BE): — Para o despedimento!
O Sr. Primeiro-Ministro: — … para que esta recuperação pudesse ter tido lugar.
Sr.ª Deputada, se o País tivesse observado que a prevalência das vontades políticas coincidia com a
vontade da oposição, e nomeadamente também do seu partido, então, nessa altura, o interesse nacional e o
interesse dos portugueses teriam estado em causa porque nós não teríamos concluído esse programa, não
estaríamos a recuperar financeiramente, não estaríamos a crescer economicamente e não estaríamos a gerar
emprego, como estamos.
Finalmente, perguntou a Sr.ª Deputada se cumprimos os compromissos que assumimos. Sr.ª Deputada, o
maior compromisso que assumimos foi o de livrar Portugal da assistência económica e financeira, e esse está
cumprido. Mas, tem razão, há muito mais para cumprir.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente: — Tem agora a palavra…
A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Sr.ª Presidente, peço a palavra para uma interpelação à Mesa.
O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr.ª Presidente, peço desculpa, mas creio que o pedido da Sr.ª Deputada
Heloísa Apolónia se deve ao facto de eu não lhe ter respondido. Foi um lapso meu, pelo que, se a Sr.ª
Presidente me permitir, gostaria de dar resposta à Sr.ª Deputada.
A Sr.ª Presidente: — Faz favor, Sr. Primeiro-Ministro.
O Sr. Primeiro-Ministro: — A Sr.ª Deputada fez um conjunto de observações sobre alternativas para a
consolidação orçamental. No fundo, a Sr.ª Deputada disse «o esforço que foi pedido aos portugueses não