7 DE JUNHO DE 2014
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Esperamos que o Partido Socialista não se afaste do consenso no sentido do apoio ao investimento, à
criação de postos de trabalho e também da previsibilidade e estabilidade da lei fiscal.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Eduardo
Cabrita.
O Sr. Eduardo Cabrita (PS): — Sr.ª Presidente, Srs. Membros do Governo, Srs. Deputados: O Partido
Socialista provou já, nesta matéria, que é um firme e consistente defensor do valor da estabilidade fiscal, da
previsibilidade e da criação de fatores de esperança para as famílias e para as empresas.
O Governo tem sido o maior gerador de instabilidade, o responsável pela tragédia económica que temos
vivido e por um caminho de violentíssimo aumento de impostos, sobretudo recaindo sempre sobre os mais
pobres, sobre os que trabalham.
Aplausos do PS.
O PS, há poucos meses, discutiu com empenho a melhoria e a alteração significativa da proposta inicial do
Governo em matéria de reforma do IRC. Foi por isso que conseguimos um regime que reduz
significativamente os impostos para as pequenas e médias empresas e em que as grandes empresas não
têm, quando os portugueses estão a sofrer, 1 cêntimo de redução fiscal em 2014.
Aplausos do PS.
Manifestámos, aí, que estávamos dispostos para, com o Governo, continuar a trabalhar em torno de
entendimentos, visando uma perspetiva de estabilidade fiscal num horizonte de médio prazo.
O Sr. José Magalhães (PS): — Muito bem!
O Sr. Eduardo Cabrita (PS): — É por isso que fico perplexo, ficamos surpreendidos, perante aquilo que o
Governo aqui hoje traz. O Governo do enorme aumento de impostos, o Governo que está, neste momento, a
aumentar a TSU dos trabalhadores, a aumentar o IVA, a fazer chantagem na sua guerra contra o Estado de
direito e o Tribunal Constitucional dizendo que a consequência é o aumento de impostos, o que vem aqui pedir
é um cheque em branco na votação na generalidade, na especialidade e final global de um diploma que dá
benefícios em regras de interioridade que não estão definidas e que remete para um regime europeu de
auxílios de Estado que não está definido.
Sr. Secretário de Estado, não vale a pena a ladainha do consenso. Diga aqui que a votação hoje é só na
generalidade e nós vamos discutir esta matéria.
O Sr. José Magalhães (PS): — Muito bem!
O Sr. Eduardo Cabrita (PS): — Se insistir no «3 em 1» assume a responsabilidade sozinho e a conversa
acaba aqui.
Aplausos do PS.
A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Cecília
Meireles.
A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as
e Srs. Deputados:
Isto está a transformar-se, muito rapidamente, numa manhã de discussão de formas e de procedimentos e não
de discussão de conteúdos, o que não deixa de ser curioso.