I SÉRIE — NÚMERO 93
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Os inúmeros indicadores positivos de que, desde há mais de um ano, a economia portuguesa tem dado
mostras confirmam, não apenas que o País está a seguir o caminho certo — com resiliência, com
determinação e com confiança —, mas também que esse caminho só tem sido possível porque tem havido a
necessária estabilidade política e governamental.
Sem pretender ser exaustivo na enumeração desses sinais, mas como subitamente os partidos da
oposição deixaram de falar nesses temas, valerá a pena mencionar alguns.
Começo, pois, pela questão que mais nos preocupa, o desemprego, mas que aparentemente já não
preocupa tanto os Srs. Deputados da oposição.
Os últimos dados do Eurostat mostram-nos que o desemprego desceu para 14,6% em abril, o que
representa um recuo de 2,7 pontos percentuais em relação a abril de 2013. Esta é a maior variação homóloga
desde que há dados do Eurostat sobre o desemprego em Portugal, ou seja, desde 1983. Em termos
absolutos, registaram-se em abril menos 147 000 pessoas desempregadas do que no mês homólogo.
A redução sustentada da taxa de desemprego, desde o valor mais alto em janeiro de 2013 (17,6%) até ao
mês de abril de 2014 (14,6%), traduz-se em 15 meses consecutivos de diminuição e em 9 meses consecutivos
de taxas mensais homólogas mais baixas.
No desemprego jovem — que, apesar de tudo, se mantém gravemente alto, está na casa dos 36% —,
verificamos igualmente uma queda sustentada de menos 4,2 pontos percentuais em relação ao ano passado.
Em números absolutos, são mais 16 000 jovens com emprego. O mesmo movimento positivo vem-se
verificando na criação de emprego, com a taxa a crescer de mês para mês.
Mas, se falar do desemprego deixou de ser interessante para os partidos da oposição, falemos, então, do
crescimento da economia.
Na semana passada, o INE confirmou que a economia portuguesa teve, no primeiro trimestre deste ano,
um crescimento de 1,3% em relação ao ano anterior. Trata-se do segundo crescimento trimestral homólogo
em quase três anos.
Já a procura interna tem vindo a aumentar, destacando-se o aumento do investimento, que disparou mais
de 12 pontos percentuais entre janeiro e março face ao mesmo período de 2013. De igual forma, o consumo
privado tem vindo a crescer.
Uma palavra para as exportações, principal motor da nossa economia, que aumentaram de 30% do PIB,
em 2010, para 40%, em 2013.
Poder-se-á, ainda, acrescentar a queda acentuada das taxas de juro da dívida pública para mínimos
históricos ou o acesso de Portugal aos mercados, fruto da recuperação da nossa credibilidade internacional,
bem como uma economia melhor preparada, mais competitiva e mais integrada na economia global.
A consolidação de todos estes resultados abre um novo ciclo de crescimento e de confiança para a
economia portuguesa, o que já permite rever em alta o seu crescimento para 2014 e para 2015 (1,2% e 1,5%,
respetivamente).
Simultaneamente, abre-se uma nova fase na recuperação nacional com ênfase na recuperação do
emprego, nas políticas sociais e na reversão ou recuperação gradual do rendimento das pessoas,
designadamente dos funcionários públicos e pensionistas que foram mais afetados nos seus rendimentos.
Mas, face a estes resultados, há uma pergunta que se impõe: seriam eles possíveis num clima de
instabilidade e de desconfiança interna e externa?
A resposta, por muito que desgoste quem está sempre no contra e quem age por mero cálculo político-
partidário, é só uma: não! Estes resultados só são possíveis porque este Governo e a maioria que o suporta
pautam a sua ação pela criação de condições de estabilidade governamental,…
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
… de estabilidade orçamental, de estabilidade política e de estabilidade social, colocando sempre o
interesse nacional acima dos interesses partidários,…
O Sr. João Oliveira (PCP): — Isso é um recado para o CDS-PP!