8 DE AGOSTO DE 2014
13
impacto. A criação do Novo Banco transferiu para este banco todos os trabalhadores do antigo BES, como já
foi dito publicamente.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Pedro
Filipe Soares.
O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr. Presidente, Sr.ª Ministra das Finanças, devo dizer-lhe que uma das
perguntas mais importantes, feita por diversas bancadas, foi esta: o que é mudou em 15 dias?
A Sr.ª Cecília Honório (BE): — Muito bem!
O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Ora, sobre isso não houve qualquer resposta, porque de duas, uma: ou
a Sr.ª Ministra assume que mentiu no Parlamento e o BES não era um banco sólido…
Protestos do PSD e do CDS-PP.
Disse, disse! A Sr.ª Ministra disse aqui que o BES era um banco sólido; ouvimo-lo e foi gravado! Creio que
não precisará de uma reposição!…
Portanto, a Sr.ª Ministra disse aqui que o BES era um banco sólido, mas 15 dias depois, no dia 17 de julho,
depois dessa afirmação…
Protestos do PSD e do CDS-PP.
Sr. Presidente, eu também pedia, agora, para a minha intervenção, a mesma tranquilidade que V. Ex.ª
pediu há pouco.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de prosseguir, Sr. Deputado.
O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Por isso, o que é que mudou em 15 dias?
Já agora, peço-lhe que explique, para que todos percebamos, quem é que manda no Fundo de Resolução.
É, ou não é, o Estado? Se os bancos disserem: «Nós não temos condições de pagar», quem é que paga? É,
ou não é, o Estado?
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de terminar, Sr. Deputado.
O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr. Presidente, peço também alguma tolerância, uma vez que fui
interrompido.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Sr. Deputado, já descontei os segundos de perturbação.
Faça favor de concluir.
O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Concluo, então, com uma ideia. A garantia sobre a situação dos
trabalhadores não está dada, Sr.ª Ministra, porque sabemos o que vem a seguir: uma reestruturação do
banco. Então, pergunto-lhe: quantos desses trabalhadores vão ser despedidos? Quantos trabalhadores das
empresas que o banco detém, por exemplo, no setor da saúde, vão ser despedidos também? É que as
garantias que deu, que novamente apelam à tranquilidade, são dadas por quem falou no dia 17 e dizia que o
banco era sólido. E, afinal, não era.
A Sr.ª Cecília Honório (BE): — Muito bem!