18 DE SETEMBRO DE 2014
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Mas pensemos nas medidas de fundo: a concentração nas matérias fundamentais, como a Matemática, o
Português, as Ciências, a História, a Geografia. Tudo isso nos permite, depois, sermos bem avaliados nos
relatórios da competitividade internacional e dizerem que estamos a dar destaque às questões essenciais.
Sr. Deputado Amadeu Soares Albergaria, falta falar do Inglês, do Inglês obrigatório durante cinco anos, que
não existia antes de este Governo tomar posse. Não havia Inglês obrigatório nas escolas, mas, neste
momento, está estendido a cinco anos e, após uma discussão muito aprofundada em todo o País, vamos
introduzi-lo a partir do 3.º ano de escolaridade.
O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Muito bem!
O Sr. Ministro da Educação e Ciência: — Tudo isto significa que estamos a evoluir e significa que temos
todas as razões para desejar um bom ano letivo aos alunos, em primeiro lugar, mas também às famílias, aos
professores, aos funcionários, a toda a comunidade escolar.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente: — Sr. Ministro, a Mesa regista a inscrição de quatro Srs. Deputados para formularem
pedidos de esclarecimento — do Bloco de Esquerda, do PCP, do PS e de Os Verdes —, não sei de que modo
pretende responder, se em conjunto ou em grupos… Seja como for, vou dar a palavra, desde já, ao Sr.
Deputado Luís Fazenda.
O Sr. Luís Fazenda (BE): — Sr.ª Presidente, Sr. Ministro da Educação e Ciência, é um pouco cedo para
começar a campanha eleitoral e o tema da abertura do ano letivo não será talvez o tema mais confortável para
o Governo.
O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Muito bem!
O Sr. Luís Fazenda (BE): — E, portanto, convém virmos mais terra-a-terra, ver alguns dos problemas com
que se confrontou a abertura do ano letivo.
Protestos do PSD.
Em primeiro lugar, não só houve atrasos nas colocações dos professores do quadro, como dos
contratados.
Em relação aos contratados, verificamos que a célebre e famigerada bolsa de contratação de escola
contém um erro na fórmula matemática — isso, hoje, é unânime na consideração e na crítica até de
especialistas —, tentando compatibilizar a graduação profissional com um conjunto de outros critérios, entre
uma lista ponderada de 100%, no caso da graduação profissional, e abaixo disso, no caso das outras
referências, o que dá um erro matemático, óbvio, uma distorção matemática.
Sei que o Sr. Ministro não é um especialista em Matemática…
Risos do BE, do PS, do PCP e de Os Verdes.
… mas creio que tem havido da parte de toda a comunidade científica…
Aplausos do BE e de público presente nas galerias.
A Sr.ª Presidente: — Sr. Deputado, peço desculpa pela interrupção, mas há regras fundamentais que
tenho de transmitir: as pessoas presentes nas galerias não podem manifestar-se. Podem manifestar-se na rua,
mas não nas galerias do Hemiciclo.
Faça favor de continuar, Sr. Deputado.