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I SÉRIE — NÚMERO 4

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O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Já ultrapassou o tempo de que dispunha, Sr. Deputado.

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — É sobre esta matéria que o questiono, felicitando-o, mais uma vez, e

pedindo-lhe que diga algo sobre a necessidade de consenso nesta matéria, pois não podemos estar

sistematicamente a avançar e a recuar nestes assuntos porque quem perde é o território, é o País e é,

obviamente, o interior.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado

Agostinho Santa.

O Sr. Agostinho Santa (PS): — Sr. Presidente, de transmontano duriense para transmontano duriense

cumprimento o Sr. Deputado Luís Leite Ramos e quase me apetecia aliar a este cumprimento um aplauso pela

teorização daquilo que fez aqui sobre um assunto que nos é tão caro, como é o da problemática dos territórios

de baixa densidade e todos os problemas que lhe estão agregados. Mas esse aplauso ficar-se-ia apenas pela

teorização do problema. É que, realmente, é necessária uma estratégia global de combate às situações que

referiu, mas soa a falso, soa a estranho, no final de três anos de um Governo apoiado pela maioria na qual o

Sr. Deputado se insere, de um Governo que ajudou a criar o lastro social e económico que agudizou este

problema, que o faça da forma como o fez, ainda para mais acusando erros do passado e da oposição.

É preciso que se assuma que o problema destes territórios, o problema do seu despovoamento e da

dificuldade de fixação das pessoas, tem a ver com as políticas que não foram seguidas, e as políticas que não

foram seguidas tinham de ser políticas de crescimento e de combate à verdadeira desertificação. Era

fundamental que esses territórios tivessem condições de fixação, através da criação de emprego; era

fundamental que tivessem condições de sustentabilidade social, familiar e económica; era fundamental que

não lhes fossem criadas condições de maior empobrecimento; era fundamental, e disse-o em passo largo, que

se mantivessem os serviços de proximidade, de modo a permitir que as pessoas continuassem a querer viver

em sítios onde é realmente difícil viver neste momento.

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Sr. Deputado, já ultrapassou o tempo de que dispunha.

O Sr. Agostinho Santa (PS): — Termino, Sr. Presidente.

Era fundamental encontrar políticas de discriminação positiva, de que falou, mas também é fundamental

dizermos que este Governo e esta maioria não aceitaram medidas de discriminação positiva propostas, tanto a

nível fiscal quanto a nível dos investimentos e da aplicação de fundos, designadamente, comunitários.

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Tem de concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Agostinho Santa (PS): — Era isto que era fundamental ser discutido e a pergunta que lhe faço é

esta: não lhe parece que as variáveis que aqui referi devem fazer parte do diagnóstico, para que as soluções

sejam efetivamente reais, operativas e votadas ao sucesso?

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Luís Leite Ramos.

O Sr. Luís Leite Ramos (PSD): — Sr. Presidente, cumprimento, naturalmente, os Srs. Deputados Hélder

Amaral e Agostinho Santa, agradecendo as questões que colocaram e, de uma forma breve, procurarei

responder a essas questões e às considerações que foram tecidas.

Relativamente à valorização dos recursos, estamos inteiramente de acordo. Julgo que é fundamental,

nesta nova abordagem da problemática do desenvolvimento territorial e da coesão, que haja uma valorização