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I SÉRIE — NÚMERO 4

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O Sr. José Junqueiro (PS): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Luís Montenegro, começo por lhe agradecer

as questões que colocou e dizer o seguinte: falámos aqui sobre dois problemas importantes para o País e para

a vida real das pessoas, problemas esses que dizem respeito à justiça e à educação.

Em função desses problemas e do caos criado no País, os respetivos ministros, teatralmente, vieram

ensaiar um pedido de desculpas.

Sr. Deputado, ficava-lhe bem que, em vez de tentar fugir ao tema, tivesse também pedido desculpa por

suportar um Governo que fez do início do ano judicial e da educação um caos.

Aplausos do PS.

Segunda nota: como sabe, sou seu amigo, e se eu soubesse que o ia incomodar tanto com esta

intervenção, eventualmente, iria ponderar os termos, porque não gosto de o ver mal disposto.

Queria ainda referir-lhe o seguinte: acho que as acusações qualquer um as pode fazer; as insinuações são

um ato vil, não devem ser feitas, porque as pessoas não se podem defender.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Foi o que o senhor fez, ali, da tribuna!

O Sr. José Junqueiro (PS): — Aquilo que fizemos aqui foi constatar uma realidade pública e desejar que o

Primeiro-Ministro, o mais rapidamente possível, porque também tem direito ao seu bom nome, e até por isso,

venha publicamente esclarecer essas mesmas dúvidas.

Isto, Sr. Deputado, não é insinuação, isto não é acusação, isto é uma exigência da República, que quer

transparência e qualidade na democracia.

Aplausos do PS.

Para terminar, quero dizer o seguinte: em primeiro lugar, agradeço-lhe as suas preocupações com o

Partido Socialista. Fica-lhe bem preocupar-se connosco, mas devia era preocupar-se com a ação do seu

Governo, realmente, com os assuntos que focou, com a saúde, com a segurança social, com a Administração

Pública, com os reformados, com os pensionistas, relativamente aos quais os senhores, desde início,

ensaiaram uma política inconstitucional de cortes, que querem continuar, querem perpetuar, mas ficam a

saber que, com o Partido Socialista, os senhores não terão desconto, não terão descanso e essa política não

seguirá por diante.

A Sr.ª Presidente: — Sr. Deputado, queira concluir.

O Sr. José Junqueiro (PS): — Por isso, Sr. Deputado Luís Montenegro, lamento muito que tenha ficado

tão incomodado mas espero que, agora, fique mais esclarecido.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente: — Para uma pergunta, tem a palavra o Sr. Deputado António Filipe.

O Sr. António Filipe (PCP): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado José Junqueiro, o senhor trouxe aqui ao

debate três questões relevantes da vida política nacional, que, evidentemente, dizem respeito à vida do nosso

País, à forma como o nosso País é governado e ao dia-a-dia dos portugueses, no que se refere à justiça e à

educação.

O Sr. Deputado Luís Montenegro, há pouco, dizia que esta reforma da justiça era muito reivindicada. Não

sei se o Sr. Deputado viu alguma manifestação a pedir este mapa judiciário, nós não vimos, vimos o contrário.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Exatamente!