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I SÉRIE — NÚMERO 13

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O Sr. Pedro Pimpão (PSD): — Teríamos, assim, o imediato empobrecimento do nosso País.

A isto poderíamos acrescentar o inevitável incumprimento da nossa dívida, a insolvência das empresas, o

colapso do sistema financeiro e o forte abalo no comércio internacional do País.

O Sr. Cristóvão Norte (PSD): — Bem lembrado!

O Sr. David Costa (PCP): — Insolvência? Má gestão!

O Sr. Pedro Pimpão (PSD): — Isto é, o que VV. Ex.as

defendem neste projeto de resolução é a

instabilidade económica e social do nosso País.

Mas, para além da parte económica, também é importante decidir…

Risos do PCP.

Não, não se riam, porque se trata do futuro do nosso País a curto prazo e, para além dos custos

económicos, também tem custos políticos.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Pedro Pimpão (PSD): — Sabem quais são os custos políticos de sairmos do euro? Significa

perdermos a nossa capacidade de intervenção no âmbito da zona euro…

O Sr. João Oliveira (PCP): — Que é «grande»!…

O Sr. Pedro Pimpão (PSD): — Sr.as

e Srs. Deputados, o euro significa um dos mais importantes polos de

desenvolvimento da nossa integração europeia e pôr isto em causa é pôr em causa o trabalho que tem sido

feito no nosso País ao longo dos últimos anos.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Os alemães riem-se disso!

O Sr. Pedro Pimpão (PSD): — Por isso, Sr. Deputado Paulo Sá, o que lhe peço, de forma direta e concisa,

é que diga aos portugueses quais seriam os custos e os impactos na sociedade portuguesa a partir do

momento em que Portugal saísse do euro.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — A próxima pergunta cabe ao Sr. Deputado Pedro Nuno Santos, do PS.

Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. Pedro Nuno Santos (PS): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Paulo Sá, queria cumprimentar o PCP

pelo tema deste debate, pela importância que ele tem e até porque permite, definitivamente, clarificar a

posição do Partido Comunista Português sobre a saída do euro, sobre a permanência de Portugal na União

Económica e Monetária.

Ao contrário do que possam pensar, o Partido Socialista partilha muitas das críticas que fazem à União

Económica e Monetária. A zona monetária, por si, é uma zona monetária disfuncional, incompleta, com

consequências assimétricas, que precisa de correção.

O Sr. António Filipe (PCP): — Ora bem!

O Sr. Pedro Nuno Santos (PS): — O que o Partido Socialista não acha e não partilha é que a solução

para esses problemas devem residir na saída do euro e, provavelmente, também da própria União Europeia.