O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 18

32

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Mas há ainda uma última hipótese, Sr. Primeiro-Ministro, e era sobre

essa que queria questioná-lo. Será que este Partido Socialista, o tal Partido Socialista do País cor-de-rosa e

imaginário, é contra este Orçamento do Estado porque ele não prevê os TGV, as Parque Escolar, os

aeroportos, a dívida sem fim, uma terceira ponte sobre o Tejo? Sr. Primeiro-Ministro, será que este Partido

Socialista é contra este Orçamento do Estado porque ele, de facto, protege as novas gerações, porque ele, de

facto, não deixa dívida para os outros e prevê o défice mais baixo da nossa história democrática?

Sr. Primeiro-Ministro, será que é por causa deste País, que é o País real, que o Partido Socialista vota

contra este Orçamento do Estado?

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra, para pedir esclarecimentos, a Sr.ª Deputada Teresa Caeiro.

A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, o Sr. Primeiro-Ministro tem falado

várias vezes — e ainda hoje o fez — na agenda reformista deste Governo. Este espírito reformador, é bom

recordá-lo, foi prosseguido mediante medidas muito duras impostas pelo programa de ajustamento e mediante

os espartilhos impostos pela troica.

Mas se há um aspeto extremamente importante a realçar é que o Governo, ao mesmo tempo que

prosseguia este espírito reformista, sempre fez questão de salvaguardar as áreas sociais. Estou a referir-me,

em particular, à segurança social e à saúde, áreas das quais dependem, tantas vezes, a vida das pessoas e

das famílias.

Sr. Primeiro-Ministro, começaria por me referir à área da saúde.

Em suma, este Governo conseguiu fazer em atos aquilo que os outros só conseguem através de palavras,

palavras, proclamações e exigências, mas através de atos não conseguem resolver qualquer problema.

Nunca será demais realçar o que foi conseguido na área da saúde nestes últimos três anos do ponto de

vista das reformas estruturais, do ponto de vista da qualidade, de um maior acesso, de uma maior

transparência, do pagamento de 3000 milhões de euros de dívidas a fornecedores, herdadas do passado;

houve mais transparência, mais combate à fraude, mais eficiência no sistema.

Agora, com o Orçamento para 2015, vamos prosseguir com este verdadeiro compromisso que o Governo

tem para com a saúde, para com o SNS e para com os utentes.

Vou dar apenas alguns exemplos. O primeiro, Sr. Primeiro-Ministro, é a transferência direta de 150 milhões

de euros do Orçamento do Estado para o programa orçamental da saúde. Não se trata de um orçamento

retificativo, para colmatar uma ou outra falha. Não, é uma transferência direta do Orçamento no valor de 150

milhões de euros. Este é um acréscimo verdadeiramente importante para a saúde.

Mais: para além de ter havido um claríssimo acréscimo de pessoas isentas do pagamento de taxas

moderadoras nos últimos três anos, com este Orçamento vai haver um decréscimo do valor das taxas

moderadoras em 0,9%.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Bem lembrado!

A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Isto vem revelar não só uma vontade constante de aliviar os encargos

das famílias com a saúde, mas também vem provar aos que diziam que o Governo se queria financiar através

das taxas moderadoras que isso não é verdade.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Bem lembrado!

A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Portanto, sempre que possível, o Governo, através do Ministério da

Saúde, vai ajustando os encargos que impõe aos utentes na medida em que isto possa ser mais benéfico.

Um terceiro exemplo da área da saúde é a redução evidente, irrefutável e inegável do preço dos

medicamentos. Esta redução do preço dos medicamentos vai prosseguir também através de uma

renegociação anual dos medicamentos dispensados em meio hospitalar. É inegável que, para os cidadãos,

trata-se da possibilidade de um maior acesso a cuidados de saúde.