I SÉRIE — NÚMERO 23
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Cumprimentos o Sr. Primeiro-Ministro, os Membros do Governo e os Srs. Deputados, desejando a todos
muito boa-tarde.
Está encerrada a sessão.
Aplausos do PSD e do CDS-PP, de pé.
Eram 13 horas e 23 minutos.
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Declarações de voto enviadas à Mesa, para publicação, relativas à votação final global da proposta de lei n.º 254/XII (4.ª):
Votámos, com o Grupo Parlamentar do PSD, a favor da proposta de lei que aprova o Orçamento do Estado
para 2015.
Mantêm-se, para o próximo ano, muitas medidas restritivas e de austeridade, decorrentes do grande
descalabro nas contas públicas, causado pelo anterior governo da República, da responsabilidade do PS e do
Primeiro-Ministro José Sócrates, que o atual Governo PSD/CDS está trabalhando para corrigir.
Mas há também no Orçamento do Estado 2015 medidas incentivadoras da economia nacional, com
destaque para a baixa do IRC, que visam ajudar empresas a criarem postos de trabalho; bem como medidas
de desagravamento fiscal das famílias, em função dos filhos ou outras pessoas a cargo, o que é um sinal de
merecida atenção às dificuldades generalizadas entre a população portuguesa; e ainda a redução dos cortes
dos salários dos funcionários públicos e das pensões, o que aumentará o rendimento disponível dos
particulares e, portanto, o consumo, animando assim a economia.
Por proposta nossa, subscrita também pelos líderes parlamentares do PSD e do CDS, a Lei das Finanças
Regionais (LFR) foi alterada, de modo a retomar-se o diferencial fiscal de 30% em IRS, IRC, IVA e outros
impostos.
O PSD/Açores sempre foi contra a redução do diferencial fiscal para 20%, consagrada no Memorando da
troica que o Governo PS negociou in extremis. O seu líder, Duarte Freitas, foi particularmente firme nessa
contestação.
Por termos votado contra a alteração da LFR que determinou, entre várias outras disposições anti-
autonómicas provenientes da LFR socratiana de 2007, a redução do dito diferencial, fomos vítimas de um
processo disciplinar ordenado pelos órgãos nacionais do PSD, que não tiveram outro remédio senão arrumá-lo
de qualquer maneira quando ficou claro que iríamos levar qualquer punição que nos fosse imposta até ao
Tribunal Constitucional, em defesa da nossa dignidade moral e da nossa liberdade de consciência e de voto,
valores consagrados na Constituição da República Portuguesa. Vemos agora, com satisfação, reconhecidas
as nossas razões.
Não apoiámos propostas oportunistas apresentadas por partidos da oposição por sabermos bem que a
regra sobre o cálculo da comparticipação anual do Orçamento do Estado para o orçamento regional foi
alterada em 2013, não por causa da redução do diferencial fiscal mas, sim, porque a LFR voltou ao princípio
da capitação para partilha do IVA, eliminando a regra socratiana do local da cobrança, o que significou um
apreciável aumento das receitas tributárias regionais, e isso não está agora minimamente posto em causa.
Fazemos votos para que todos os açorianos — cidadãos e cidadãs, famílias e empresas — possam
beneficiar quanto antes da redução de impostos, assim facultada, cuja aplicação cabe aos órgãos de governo
próprio da Região Autónoma dos Açores.
Os Deputados do PSD/Açores, Mota Amaral — Joaquim Ponte — Lídia Bulcão.
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Os Deputados do PSD eleitos pelo círculo eleitoral da Madeira, abaixo assinados, votaram contra, na
votação final global, a proposta de lei do Orçamento do Estado para 2015, pelas razões seguintes: