I SÉRIE — NÚMERO 25
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Mostro-vos um gráfico, em que provavelmente não conseguem ver em que posição está Portugal. Mas é
fácil: é o mais pequeno de todos, é o último, e é o pior dos países em termos de crescimento na primeira
década deste século. É doloroso olhar para esta realidade. Enquanto outros países que são nossos parceiros,
neste mesmo período, quase duplicaram o seu produto, ou seja, a riqueza da sua nação, Portugal teve um
crescimento acumulado que não chegou a uns anémicos 5%. Isto é incomparável com os resultados de países
que quase duplicaram o seu crescimento e está muitíssimo abaixo da própria média da União Europeia, que
se aproximou dos 15%.
Por aqui se percebe que a razão do nosso problema não começa na distribuição dos rendimentos, nem
antes nem depois da crise, em que até nos comparamos bastante bem, diga-se de passagem.
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Exatamente!
O Sr. Ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares: — O problema sério que tivemos foi um
problema de não criação de riqueza, um desastre no nosso modelo de crescimento económico, desastre que
radica em políticas erradas, desenvolvidas por uma governação irresponsável — há que dizê-lo! —, apoiada
por uma maioria submissa e acrítica neste Parlamento.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Srs. Deputados, eis o retrato do que se passou durante os mandados do Governo do Partido Socialista.
Essas políticas falhadas e essa governação irresponsável foram uma verdadeira desgraça, a desgraça da
década, que levou à queda abrupta da convergência de rendimentos e o País à iminência da bancarrota. Esta
é a fatura com que Portugal e os portugueses foram desgraçadamente confrontados. Estamos, com enormes
sacrifícios, mas não com menor determinação, a trabalhar para ultrapassá-los.
De pouco vale a tentativa de alguns de continuarem a lançar a descrença, ignorando tudo o que
alcançámos. Hoje, após três anos dificílimos, os portugueses conseguiram superar-se, surpreendendo pela
positiva analistas e os nossos parceiros na União Europeia. Recuperámos soberania e reconquistámos a
credibilidade perdida. Hoje, o risco iminente da rutura financeira do nosso Estado social, na educação, na
saúde, nas prestações sociais, está ultrapassado.
O Sr. Nuno Sá (PS): — Está dizimado!
O Sr. Ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares: — Hoje, iniciámos a recuperação dos
rendimentos das pessoas e das famílias, devolvendo aos portugueses a confiança e a esperança que tinham
por completo desaparecido em 2011.
Virámos a página e somos hoje um País mais responsável, mais solidário, mais empreendedor, mais
sustentável e bem mais transparente nas políticas públicas e nas suas consequências para os cidadãos.
Do que o País e os portugueses precisam, Sr.as
e Srs. Deputados socialistas, é que os senhores comecem
a reconhecer esta realidade. O primeiro passo para resolver um qualquer problema é começar por reconhecer
que ele existe, e os senhores teimam em não abandonar o estado de negação e em não assumir o falhanço
da vossa governação e das vossas políticas.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Só a partir daí será possível construirmos compromissos duradouros e sem reserva mental em torno de
objetivos que são nacionais. Não foi ainda, com esta vossa iniciativa, que os senhores se mostraram capazes
de dar esses passos, o que é pena.
Pela nossa parte, mantemos a esperança e a abertura para entendimentos que sabemos cruciais para o
nosso futuro coletivo.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.