11 DE DEZEMBRO DE 2014
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A Sr.ª Idália Salvador Serrão (PS): — E a taxa de risco de pobreza ou exclusão social das pessoas com
deficiência, em Portugal, entre os 16 e os 24 anos é de 42% — aumentou seis pontos percentuais entre 2012
e 2013 —, e atendendo à idade destes jovens e à importância que a educação assume nas suas vidas, eu
diria que a forma como o Governo tem tratado os alunos com necessidades educativas especiais é
discriminatória e agrava o risco de pobreza e de exclusão social destes jovens e destas famílias. Porque o
Governo, ao contrário do que os senhores dizem, não é amigo das famílias, nem tão-pouco é amigo das
famílias que têm crianças com deficiência.
Por isso, Sr.as
e Srs. Deputados, hoje, que é o Dia Internacional dos Direitos Humanos, o que estas
crianças querem dizer hoje, uma vez mais, o que hoje, uma vez mais, querem transmitir ao Governo, através
destas 8404 assinaturas que incluem esta petição, é uma mensagem muito clara: nós somos cidadãos e
temos direitos.
O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Concordamos todos!
A Sr.ª Idália Salvador Serrão (PS): — É isto que estas crianças querem transmitir.
Vamos a ver, Sr. Deputado, se hoje, Dia Internacional dos Direitos Humanos, pelo menos hoje, o Governo
consegue entender esta mensagem. Seria bom que o fizesse.
É uma questão de justiça social, de integração e de não exclusão.
Aplausos do PS.
A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Tem a palavra a Sr. Deputada Conceição Pereira para uma
intervenção.
A Sr.ª Maria Conceição Pereira (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: Cumprimento os Srs.
Peticionários presentes, pais e técnicos.
Sr.as
e Srs. Deputados, no passado dia 3, celebrámos o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência e aqui
tivemos o testemunho de um jovem, um jovem que apelou a todos para que trabalhássemos para a inclusão
— inclusão na saúde, no emprego e na educação. Porque a inclusão não muda a deficiência, mas muda o
estatuto social da pessoa com deficiência.
Portugal pode estar orgulhoso da sua legislação e da forma como tem tratado as pessoas com deficiência,
mas este trabalho não nos deveria dividir, Srs. Deputados, esta tarefa não deveria servir de «arma» política,
como, infelizmente, hoje aqui está a servir.
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — É verdade. É verdade!
A Sr.ª Maria Conceição Pereira (PSD): — Estamos a falar de uma petição que foi apresentada pela
Associação Nacional de Empresas de Apoio Especializado e que fala de uma prestação pecuniária dada às
famílias com crianças e jovens com deficiência permanente.
Queria aqui dizer à Sr.ª Deputada do Partido Comunista Português Diana Ferreira que a lei é de 2008, não
é deste Governo, como calcula, é do Governo PS. Ora, por esta lei não abranger muitos dos jovens pensamos
revê-la.
Protestos da Deputada do PCP Rita Rato e do Deputado do BE Luís Fazenda.
Compreendemos a ansiedade e as dificuldades de muitas famílias, mas o que o Partido Socialista aqui hoje
fez foi, precisamente, um uso demagógico, pela utilização da fragilidade em que as famílias se encontram.
A Sr.ª Maria das Mercês Soares (PSD): — Muito bem!
A Sr.ª Maria Conceição Pereira (PSD): — Quero dizer-lhe, Sr.ª Deputada, que o protocolo que foi
assinado entre o Instituto da Segurança Social e a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares já teve o