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13 DE DEZEMBRO DE 2014

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São estágios, diz o Partido Socialista. Srs. Deputados, não posso fugir a um debate que ficou marcado

pelos crustáceos decápodes marinhos — as lagostas — e pelos moluscos bivalves — o mexilhão. Isto para

dizer, nomeadamente ao Sr. Deputado Ferro Rodrigues, que ficou tão maçado com estes números do Eurostat

sobre a criação de emprego,…

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Ele é mais caranguejo! Anda para trás!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — … que quando o País viveu anos após anos, nomeadamente nos

anos do Partido Socialista, 2005-2011, a viver de crustáceos decápodes marinhos, vulgo lagostas, sem ter

dinheiro para pagar — estou a falar das PPP, da festa da Parque Escolar, de autoestradas onde não passam

carros, de carros elétricos que não existem, de TGV, de aeroportos onde não aterram aviões… a tal «lagosta»

de que o Sr. Deputado falava, os tais crustáceos decápodes marinhos —, deu sabe em quê, Sr. Deputado?

Deu na ida do Prof. Teixeira dos Santos a Bruxelas pedir dinheiro, porque não tinha para pagar, em 15 dias,

pensões e salários!

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Era bom que se lembrasse disso, sobretudo quando agora parece que o Partido Socialista acredita mais

nas previsões da Comissão Europeia do que nas previsões do Governo português.

O Sr. Mota Andrade (PS): — Olhe para o País real, Sr. Deputado!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — É caso para dizer que hoje, de facto, vimos a primeira grande

novidade deste Partido Socialista: quando se trata de criticar o Governo, e dá jeito, consegue ser mais

troiquista do que a troica. Ou seja, entre as previsões do Governo e as previsões da troica, ou de parte dela,

prefere estas últimas.

Protestos do PS.

Srs. Deputados, se me deixarem falar com calma e tranquilidade, direi o seguinte: acho que houve um dia

sobre o qual os Srs. Deputados deviam refletir. Sabem qual foi? Foi na segunda-feira passada. Nesse dia,

Portugal pôde ir a uma reunião da União Europeia e dizer que acredita mais nas suas previsões do que nas

previsões da própria União.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Sabem por que é que isso aconteceu, Srs. Deputados? Porque com

este Governo e com esta maioria, depois de o Partido Socialista nos ter levado à bancarrota, saímos do

protetorado, ganhámos autonomia, podemos dizer à União Europeia que não concordamos com ela, não

precisamos de tranches. Se fosse no período que o Partido Socialista a provocou, teríamos que dizer que sim,

que as previsões estavam certas, se calhar, tomar medidas adicionais, porque estávamos num período em

que Portugal estava com uma autonomia completamente limitada.

Sr. Deputado Ferro Rodrigues, era bom que refletisse sobre isso quando fala como fala e, sobretudo,

quando se esquece do caminho que tivemos de percorrer pela mão do Partido Socialista.

A minha terceira nota, Sr. Primeiro-Ministro, é sobre a TAP. Primeiro, queria recordar ao Partido Socialista

que era de resto, uma medida inscrita no Memorando de Entendimento. Também aí devia ter alguma

humildade e memória.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!