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I SÉRIE — NÚMERO 30

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A caridade, Sr. Primeiro-Ministro, nunca chega a toda a gente que precisa de apoio. A solidariedade é uma

coisa extraordinariamente diferente.

Os senhores, quando acharam que tinham margem para descer impostos, foram tocar nos impostos das

grandes empresas e, então, decidiram descer o IRC uma vez. Depois, decidiram descer o IRC outra vez. Para

quê? Para beneficiar as grandes empresas.

A Sr.ª Presidente: — Queira concluir, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Por falar em beneficiar grandes empresas, Sr. Primeiro-Ministro,

que grande tiro ao País esta coisa da privatização da TAP.

A Sr.ª Presidente: — Sr.ª Deputada, queira concluir.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Vou terminar, Sr.ª Presidente.

O Sr. Primeiro-Ministro não quer parar para pensar? Estamos a falar de uma empresa estratégica, estamos

a falar de uma empresa extraordinariamente relevante para o País e o Sr. Primeiro-Ministro quer desfazer-se

desta componente estratégica do País.

Cuidado, Sr. Primeiro-Ministro. Temos outras experiências absolutamente desastrosas e o Sr. Primeiro-

Ministro costuma virar as costas.

Sr. Primeiro-Ministro, não cometa este erro, porque há outras soluções à vista —, soubemos isso de

Portugal e da Europa.

A Sr.ª Presidente: — Queira concluir, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Sr. Primeiro-Ministro, não dê tiros nos pés, porque não é nos

seus, é nos dos portugueses e nós estamos fartos, fartos, destas cenas.

Aplausos de Os Verdes e do PCP.

A Sr.ª Presidente: — O próximo pedido de esclarecimento cabe ao CDS-PP.

Tem a palavra o Sr. Deputado Nuno Magalhães.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, quero apresentar algumas

notas prévias. A primeira, desde logo, é sobre a questão do desemprego e do emprego.

Sr. Primeiro-Ministro, acabam de ser revelados, há minutos, os dados do Eurostat sobre a taxa de criação

de emprego na União Europeia a 28, e em Portugal.

Perante toda esta retórica da oposição — e lamento, mas vou dar péssimas notícias à oposição, já

percebemos isso, Sr. Primeiro-Ministro, sobretudo para alguns partidos que acabaram de falar e que são

contra que Portugal esteja na zona euro e, provavelmente, também na União Europeia —, queria dizer que,

em relação aos números do terceiro trimestre, a taxa de crescimento de emprego, ou seja, de criação de

emprego, na União Europeia a 28, mesmo para aqueles países que não estão na zona euro, foi, em média, de

0,3% e em Portugal foi de 1,4%.

O Sr. Ferro Rodrigues (PS): — E os estágios?

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Em relação ao ano homólogo, Sr. Primeiro-Ministro, na União

Europeia a 28 foi 0,9%, em Portugal foi 1,9%.

Srs. Deputados, não vou utilizar o velho chavão «contra factos não há argumentos», diria, antes, que

contra factos, Sr. Primeiro-Ministro, não há angústia da oposição que resista, não há má disposição da

oposição que resista àquilo que são factos de entidades internacionais.

Aplausos do CDS-PP.