19 DE DEZEMBRO DE 2014
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da justiça fiscal, muito trabalho para que as contas públicas se tornem mais sólidas, mais transparentes, para
que possamos continuar a melhorar o País.
Os Srs. Deputados dizem — e isto também se enquadra com um debate que teremos amanhã — que não
faz sentido pensar que Portugal pode crescer a determinadas taxas porque nunca conseguiu. Srs. Deputados,
é verdade que em Portugal ainda não conseguimos ter uma situação de finanças públicas sólidas, de
excedentes orçamentais e de democracia. Tivemos finanças públicas sólidas em ditadura e tivemos problemas
de finanças públicas em democracia, mas a Europa está cheia de exemplos que mostram que é perfeitamente
possível conciliar as duas coisas, e eu recuso-me a aceitar que os portugueses sejam menos do que os outros
e não sejam capazes de conseguir o que os outros povos europeus conseguiram.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
O nosso trabalho vai continuar, sim, para que os portugueses possam ambicionar ao nível de vida que os
nossos parceiros europeus têm, para que possam ambicionar a ter contas públicas sólidas, para que possam
ambicionar a ter credibilidade externa, para que possam ambicionar a tudo o que efetivamente têm direito e
que um Governo responsável deve trabalhar para conseguir, mesmo sabendo que, por vezes, têm de ser
tomadas medidas difíceis e que não são compreendidas no imediato, porque, quando temos coisas muito
difíceis para fazer, há sacrifícios pelos quais inevitavelmente temos de passar.
Deixem-me dizer-vos, Srs. Deputados, que tenho a profunda convicção de que há muitos e muitos
portugueses que compreendem a necessidade dos sacrifícios que foram feitos, que compreendem que é no
interesse de todos nós que esses sacrifícios foram feitos e que compreendem que o que mais poderia ser
perigoso para o País, agora que começamos a colher os frutos, seria voltarmos outra vez para trás e termos
de começar tudo do princípio. Isso não, Srs. Deputados!
Os portugueses não querem, os portugueses não merecem e este Governo, até ao fim do seu mandato e
com a confiança que os portugueses entenderem entregar-lhe para um próximo mandato, cuidará, com as
suas políticas, de garantir que isso não vai acontecer.
O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Muito bem!
A Sr.ª Ministra de Estado e das Finanças: — Os portugueses querem e merecem melhor.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Sr.as
e Srs. Deputados, terminámos os nossos trabalhos por hoje.
Cumprimento os Srs. Membros do Governo e desejo-lhes um bom Natal.
A próxima sessão plenária terá lugar amanhã, dia 19, pelas 10 horas, com um debate temático sobre a
dívida pública e, de seguida, como é usual à sexta-feira, haverá votações regimentais.
Está encerrada a sessão.
Eram 17 horas e 47 minutos.
Presenças e faltas dos Deputados à reunião plenária.
A DIVISÃO DE REDAÇÃO E APOIO AUDIOVISUAL.