O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

23 DE JANEIRO DE 2015

27

A Sr.ª Hortense Martins (PS): — Exatamente!

O Sr. Mário Ruivo (PS): — Foi a isto que a Sr.ª Ministra chamou de requalificação dos profissionais.

O PS, desde sempre, vem acusando os Srs. Ministros, o Sr. Ministro Mota Soares e o Sr. Secretário de

Estado Agostinho Branquinho de dizerem algo que não é verdade e que haverá despedimentos.

O Sr. Secretário de Estado Agostinho Branquinho até acusou o PS de estar a causar alarme social com o

anúncio do despedimento. Mas é verdade que existe despedimento, é verdade que existe este risco e isso foi

claramente definido e assumido pela Sr.ª Ministra no seu discurso de ontem.

Há, da parte do PS, esta intenção de acompanhar o Bloco de Esquerda, como todos os partidos que se

oponham a esta política, já que, como o próprio PSD assume, através do seu porta-voz, Marco António Costa,

este sistema, a requalificação, é a verdadeira reforma do Estado e que é uma medida que deve ser alargada a

todos os Ministérios, ou seja, que se deve despedir em todos os Ministérios. Esta é a importância que o PSD

dá à questão.

Como isso parece não ter sido bem ouvido pelos membros dos restantes partidos e do próprio PSD e CDS

e, como o próprio Governo não havia maneira de se entender sobre esta matéria, a Sr.ª Ministra das Finanças

veio dizer aquilo que o porta-voz do PSD já tinha dito, ou seja, assumam que é para despedir e assumam que

é preciso mandar embora.

O Sr. Presidente (Miranda Calha): — Queira terminar, Sr. Deputado.

O Sr. Mário Ruivo (PS): — Termino, Sr. Presidente. Não venham dizer que a lei é igual à do PS, porque a

lei da mobilidade do PS não tinha qualquer plafond relativamente ao teto salarial, nem nunca previu

despedimentos no período de um ano.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Miranda Calha): — Para responder, tem a palavra a Sr.ª Deputada Mariana Aiveca.

A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Duarte Pacheco, se quiser testar o que é

radical e extremista, é muito simples, vá falar com um trabalhador ou com uma trabalhadora que está na

segurança social há 35 ou 40 anos, ou fale, por exemplo, com a educadora de infância de Beja que, por dia,

faz cerca de 400 km, muitas vezes à sua conta, para fazer acompanhamento a amas e a outras situações. Vá

falar com essa trabalhadora e pergunte-lhe o que é radicalismo.

Sabe o que é que essa trabalhadora lhe responderá? Radicalismo é ao fim de 40 anos dizerem que eu não

valho nada.

Aplausos do BE.

E pode fazer isto a muitas das educadoras. Aliás, os senhores tiveram uma oportunidade de ouro para

testar o extremismo e o radicalismo, se tivessem tido a coragem de enfrentar os trabalhadores que no dia 13,

de manhã, estiveram neste Parlamento. Mas fugiram deles!

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Muito bem!

A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — Sr. Deputado, diga a uma dessas pessoas o que é radicalismo.

Radicalismo e extremismo é «mandar borda fora» dos serviços quem está há 20, 25, 30 anos, por um lado, e

mandar embora os mais qualificados que entraram em 2009 dizendo-lhes que estão desajustados, por outro.

Isso é extremismo! Isso é radicalismo.

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Muito bem!