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23 DE JANEIRO DE 2015

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Mas, Sr. Deputado, vamos às questões que, efetivamente, hoje, preocupam milhares e milhares de

portugueses. Estou a falar, naturalmente, do acesso aos cuidados de saúde.

Nós temos chamado a atenção para a situação dramática que os portugueses vivem e para as dificuldades

que sentem no acesso aos cuidados de saúde. A situação que hoje se vive, nomeadamente nas urgências

hospitalares, é bem o espelho da consequência destas políticas de desinvestimento, de redução da

contratação de profissionais e de redução da capacidade dos cuidados de saúde primários e dos hospitais. De

facto, as medidas apresentadas por este Governo não passam de medidas paliativas, que não vão ao fundo

das questões que conduziram o País e as urgências a esta situação em que hoje se encontram.

Sr. Deputado, gostaria de lhe perguntar se é de opinião que é necessário contratar os profissionais de

saúde em falta, integrando-os nas carreiras com direitos. Nós consideramos que sim. O que é que pensa, Sr.

Deputado?

É necessário pôr fim à contratação de empresas de trabalho temporário para suprir a necessidade de

profissionais de saúde nas urgências e nos centros de saúde. O que é que pensa disso, Sr. Deputado?

É necessário pôr fim à precariedade e à instabilidade de serviços e de profissionais de saúde; reforçar os

cuidados de saúde primários; atribuir médicos de família a todos os utentes; reforçar os serviços,

nomeadamente ao nível dos serviços de proximidade; alargar os horários de funcionamento desses mesmos

serviços.

O Sr. Presidente (Miranda Calha): — Queira terminar, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Vou terminar, Sr. Presidente.

O que é que pensa o Sr. Deputado sobre isto?

É necessário reforçar a capacidade de resposta, em geral, do Serviço Nacional de Saúde, com mais

camas, com o reforço dos cuidados hospitalares, com mais financiamento e com um financiamento adequado

às necessidades dos portugueses. É necessário pôr fim, definitivamente, às taxas moderadoras.

Gostaria de ouvir a opinião que o Sr. Deputado tem em relação a estas matérias e se, efetivamente,

defende ou não o Serviço Nacional de Saúde.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente (Miranda Calha): — Tem a palavra o Sr. Deputado Hélder Amaral.

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados, Sr. Deputado Marcos

Perestrello, deixe-me começar pelo início da intervenção de V. Ex.ª, em que fez uma espécie de análise do

mandato desta maioria.

Sr. Deputado, consegue lembrar-se que, durante o período em que V. Ex.ª diz que saíram ministros «com

estrondo» deste Governo, VV. Ex.as

tiveram três líderes e outros tantos líderes parlamentares?

V. Ex.ª vem dizer que tudo está mal e que o desemprego tem aumentado. Diga-me, durante esse tão

maravilhoso Governo do Partido Socialista, qual foi o ano em que o desemprego diminuiu, além da promessa

dos 150 000 postos de trabalho! Diga-me um ano!

Protestos do Deputado do PS Marcos Perestrello.

O Sr. Filipe Lobo d’Ávila (CDS-PP): — Diga um, um só!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Depois, V. Ex.ª diz que este Governo é o pior dos mundos, fazendo crer

que o anterior tinha crescimento económico e que tudo estava bem! Sr. Deputado, por que razão é que o

Governo de que V. Ex.ª fez parte acabou a pedir dinheiro emprestado à troica e acabou como governo

demissionário? O que é que correu mal, Sr. Deputado?

Vozes do CDS-PP: — Não sabem!