23 DE JANEIRO DE 2015
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Socialista para que, depois, não tenhamos a velha máxima de mudar alguma coisa para que o essencial fique
na mesma, porque o que é preciso mudar é o essencial e é preciso saber o que o PS pensa sobre isso.
Aplausos do BE.
O Sr. Presidente (Miranda Calha): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Marcos Perestrello.
O Sr. MarcosPerestrello (PS): — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Helena Pinto, Sr.ª Deputada Paula Santos
e Sr. Deputado José Luís Ferreira, as preocupações que manifestaram vêm, no fundo, ao encontro das
preocupações que manifestei na minha intervenção.
Em particular no que respeita aos profissionais de saúde, também entendemos que é necessário proceder
a um caminho de qualificação dos profissionais, que passará, necessariamente, pelo fim do método de
contratação através de empresas externas e pela contratação de profissionais qualificados e, quanto a isso,
creio que não há nenhum desentendimento entre as nossas posições políticas.
Sr. Deputado Hélder Amaral, há uma coisa em relação à qual não me recordo — e, apesar de tudo, já
acompanho a vida política há alguns anos, creio que há tantos quanto o Sr. Deputado —, que é ver a taxa de
desemprego nos 18%. Também não me recordo de ver a taxa de desemprego, nos anos em que o Partido
Socialista foi Governo e que o Sr. Deputado quis aqui chamar, nos valores que atingiu no ano de 2012.
Aplausos do PS.
Portanto, Sr. Deputado, creio que V. Ex.ª, tal como a bancada do PSD, fazem um esforço muito grande
para voltar atrás e para fugir àquela que tem de ser a ação política que temos de desenvolver neste período
que nos separa até ao fim de 2015, que é a avaliação política da vossa governação nestes três anos.
Sr. Deputado Carlos Abreu Amorim, diria que, para Miss Universo, ao Secretário-Geral do Partido
Socialista faltam diversas características físicas. Ele, claramente, não tem físico para Miss Universo e, se não
me levar a mal, V. Ex.ª também não tem.
Risos do PS.
Sr. Deputado, queria apenas responder às suas questões da seguinte forma: compreendo bem a
preocupação das vossas bancadas em procurar forçar o Partido Socialista a pôr já, imediatamente, em cima
da mesa, o seu programa de Governo. Fazem isto como se VV. Ex.as
já tivessem programa de Governo e
como se já tivessem até resolvido a questão crucial de saber se vão a votos isoladamente ou em coligação,
que nem isso ainda foram capazes de resolver.
Aplausos do PS.
Protestos do PSD e do CDS-PP.
Sr. Deputado Carlos Abreu Amorim, VV. Ex.as
deslocam o debate político para aí apenas para fugir à
questão essencial, que é a da avaliação, da comparação.
O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Avaliar e comparar!
O Sr. Marcos Perestrello (PS): — Podemos avaliar e comparar o que era o desemprego quando os
senhores chegaram ao Governo e o que é o desemprego hoje; qual era a riqueza do País quando os senhores
chegaram ao Governo e qual é hoje; o que era o crescimento das exportações quando VV. Ex.as
chegaram ao
Governo e o que é hoje.
Aplausos do PS.