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I SÉRIE — NÚMERO 42

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O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Não, não, não!

A Sr.ª Presidente: — Queira concluir, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Teresa Leal Coelho (PSD): — Vou já concluir, Sr.ª Presidente.

Quanto às afirmações de história de terror, devo dizer que o PSD, esta coligação e este Governo vão

manter-se firmes, num rumo sem ziguezagues, e vão manter-se firmes, também, na recuperação de Portugal e

na construção e no aprofundamento do projeto europeu.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Sr.ª Deputada Teresa Leal Coelho, vamos prosseguir com os outros dois pedidos de

esclarecimento.

Tem a palavra o Sr. Deputado Hélder Amaral.

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr.ª Deputada Teresa Leal Coelho, permita-me que

comece por felicitá-la pela sua intervenção e por lhe dizer que, se quiséssemos fazer uma pequena avaliação

do momento atual do País, bastaria repararmos nas declarações políticas — e ainda não ouvimos a do Partido

Socialista — dos partidos da oposição.

É que os partidos da oposição falam do que se passa fora das fronteiras portuguesas e não falam do que

acontece no País, porque não têm nada a dizer do que se passa cá dentro, a não ser dizerem bem e que

estamos bem melhor do que estávamos em 2011.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Bem lembrado!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Quanto a esta tentativa de usurpar o sucesso de terceiros, quero

respeitar totalmente a soberania e a escolha do povo grego, mas veremos se é sucesso de terceiros.

Sr.ª Deputada, obviamente, temos de fazer a afirmação dos nossos valores. Queremos construir mais

Europa, que é um clube com regras, ao qual aderimos de livre e espontânea vontade. Por isso, a minha

pergunta é a seguinte: contribuímos melhor cumprindo as regras no seio de um grupo ou contribuímos melhor

não cumprindo essas mesmas regras? O que é que nos dá mais poder, mais força de intervenção e,

porventura, até mais capacidade? É cumprindo ou não cumprindo?

Perpassa aqui a ideia de que aqueles que afirmam as regras fazem chantagem e aqueles que não querem

cumprir as regras fazem exercícios de liberdade e de democracia.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Creio que há qualquer coisa que precisa de ser explicada de forma

calma, serena e até pedagógica.

Sr.ª Deputada, também lhe queria dizer que fez muito bem, porque acho que os portugueses merecem

essa palavra de conforto.

Porventura, há partidos que já abdicaram ou já perceberam que estes sinais em relação ao que está a

acontecer na Europa são pequenos sinais de que o sucesso, para eles, não vai ser tão evidente. Bastou ver,

em eleições que já se realizaram, o que aconteceu, à exceção do Bloco de Esquerda, a partidos congéneres.

Poderíamos ter mais dados que nos diferenciam da Grécia e acreditar que os dados da Grécia são tão

verdadeiros e tão concretos como os nossos. Os exemplos são vários e quase a todos os níveis. Poderíamos

até ir mais longe nos progressos que fizemos a partir de 2011, porque a palavra «tragédia» só se aplica à

governação que tivemos antes.

Esta recusa do modelo europeu é a recusa das políticas que nos levaram ao resgaste, que nos levaram ao

fracasso e que puseram em causa o modelo social europeu, não é a recusa das nossas soluções. As nossas

soluções aproximaram-nos desse sucesso.