O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

19 DE FEVEREIRO DE 2015

15

O Sr. João Galamba (PS): — Já vamos para aí em 77!…

O Sr. Ministro da Economia: — … é bom relembrar, insistia em celebrar o anúncio de obras públicas,

como, por exemplo, a terceira travessia do Tejo e o TGV que ia ligar o Poceirão ao Porto. Aliás, nessas

celebrações, acabaram por se gastar — sabe-se lá como! — 150 milhões de euros em estudos, porque tudo

justificava a ânsia de celebração dos Governos socialistas.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Ministro da Economia: — Aquilo que entendemos que verdadeiramente enternecedor é este

discurso socialista que reclama do crescimento modesto, diria, moderado.

O Sr. João Galamba (PS): — Foi mais baixo do que em 2010!

O Sr. Ministro da Economia: — Não se ouviu a palavra «celebração», uma única vez, no meu discurso —

falei em crescimento moderado, de 0,9.

Vale a pena aqui lembrar quando o investimento significava 28% ou 25% do PIB: uma década

maioritariamente — diria 80% do tempo — governada pelo Partido Socialista, em que o nosso crescimento

médio, muito celebrado pelos governos de então, foi de 0,4% ao ano. Ou será que os Deputados do Partido

Socialista já se esqueceram que, durante a década de 2000 a 2010, Portugal foi só o terceiro País do mundo

com menor crescimento económico, só superado pelo Zimbabué e pela Itália?! Essa foi a consequência dos

tempos heroicos do investimento, do financiamento, que depois resultaram, não em crescimento, mas em

défice e em dívida, que redundou na bancarrota socialista.

Outra coisa enternecedora é esta deceção que o Partido Socialista tem com a evolução das exportações, a

deceção que o Partido Socialista tem com o comportamento das empresas privadas, porque são as empresas

privadas que exportam, são os empresários, são os gestores, não é propriamente o Governo que exporta.

Quando as exportações, em 2008, atingiram 57 000 milhões de euros, isto é, 30% do PIB, foi magnífico.

Mas, em 2014, como só superaram 70 000 milhões de euros e superaram 40% do PIB, vivemos um ano

horrível!…

Isto para não falar da preocupação verdadeiramente enternecedora que o Partido Socialista tem com as

nossas contas externas. Gostava de relembrar que, durante os anos de governação do Eng.º José Sócrates —

lembram-se, Srs. Deputados do Partido Socialista?! Alguns dos senhores fizeram parte dessa governação;

todos a apoiaram e mantêm esse apoio —, o nosso défice externo foi de cerca de 1’% do PIB. Na altura não

era problema termos um défice externo, ano após ano, de 15 000 milhões de euros. Agora é um enorme

problema só termos tido em 2014 um superavit externo de 2400 milhões de euros!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Não há quem entenda a cabeça do Partido Socialista!

Não vou fazer psicologia, mas, realmente, quero convidar-vos…

O Sr. João Galamba (PS): — Isso é psicanálise!

O Sr. Ministro da Economia: — Não há mal nenhum em fazer psicanálise. Se calhar, a si, não lhe fazia

mal nenhum!

Vozes do PS: — Eh!…

O Sr. Ministro da Economia: — Como eu dizia, acho extraordinário este consenso patriótico que o Partido

Socialista aqui nos traz.