19 DE MARÇO DE 2015
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A Sr.ª Elsa Cordeiro (PSD): — Quanto ao IVA, o que era desejável era uma taxa única, bem mais baixa do
que a atual. É esse o nosso compromisso com os portugueses: conter a despesa pública para descer a carga
fiscal sobre as empresas de todos os setores e de todas as famílias portuguesas.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
O Sr. Presidente (Miranda Calha): — Tem, agora, a palavra, para uma intervenção, o Sr. Deputado Hélder
Amaral.
O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: Permitam-me que comece por
cumprimentar a AHRESP.
A Sr.ª Maria Antónia Almeida Santos (PS): — A mando de quem?!
O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Quero dizer, depois de ouvir toda a oposição — vantagem de ser o
último a falar —, que quem dera, que bom seria se a oposição tivesse a mesma postura que tem a AHRESP
sobre esta matéria. Seria muito útil para o debate.
A AHRESP tem sido proativa, tem sido capaz de defender o setor e, às vezes, até tem andado à frente na
defesa do setor — lembro que antes de se falar em combate em fraude e evasão fiscal, a AHRESP falava no
«peça a fatura». Quando a ASAE fez um ataque cerrado ao setor, foi a AHRESP que conseguiu uma utilização
equilibrada e sensata do HCCP.
Quem dera que a oposição tivesse essa mesma responsabilidade, em vez da demagogia e da política um
pouco normal e parlamentar, mas o setor merecia um pouco mais e um pouco melhor.
O Sr. António Filipe (PCP): — Demagogia!?
O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Por isso, cumprimento aqueles que, de forma responsável e patriota,
não se esconderam, não fugiram ao esforço que foi pedido a todos os portugueses e ao setor da restauração,
também.
O Sr. Manuel Mota (PS): — Fechando!
O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Não escondemos, não desconhecemos o impacto que teve na vida dos
portugueses o ajustamento e o equilíbrio das contas públicas que tivemos de fazer. Como também não
escondemos que esse setor — e aqueles que estão atentos, ouvem o setor e não vêm apenas fazer
proclamações de retórica eleitoralista sabem-no — sempre pediu que se facilitasse, que se aliviasse a
burocracia, que se simplificassem procedimentos.
A Sr.ª Hortense Martins (PS): — Sobre isso, falamos na sexta-feira!
O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — O que é que fez o Governo, e isto acontece muitas vezes em
colaboração com a AHRESP e por sugestão dela? Exatamente isso: um ataque cerrado à burocracia, e hoje o
setor tem muito maior simplicidade.
O Sr. Manuel Mota (PS): — É uma vergonha!
O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Por outro lado, diz o setor, e diz a oposição, que o setor está com
grandes problemas de financiamento. É verdade. Mas é por isso que o Governo tem uma linha, a linha
Comércio Investe, com 1183 empresas apoiadas e 60 milhões de euros. Portanto, o Governo tem
reconhecido, tem avaliado e tem tentado resolver problemas…
O Sr. Manuel Mota (PS): — É surreal!