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I SÉRIE — NÚMERO 65

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O Sr. Altino Bessa (CDS-PP): — Não, não diz!

Relativamente aos serviços do hospital, aquilo que tem vindo a acontecer é, exatamente, o contrário. Há

um reforço de 30 camas no hospital de Guimarães e há um reforço de médicos — nestes últimos dois anos

foram contratados 46 médicos.

Mas devemos concentrar-nos, porque o tempo é pouco, exatamente na questão da requalificação das

urgências do hospital de Guimarães.

O Sr. Presidente (Miranda Calha): — Queira concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Altino Bessa (CDS-PP): — Termino já, Sr. Presidente.

Já em 2006, o então administrador do hospital e também a Sr.ª Ministra Ana Jorge, em visita ao hospital,

admitiam que era necessário remodelar o serviço de urgências. Admitiam também, numa resposta a uma

pergunta que fiz, em 2010, que as obras se iriam iniciar no final de 2010. Aquilo que fizeram foi absolutamente

nada e aquilo que este Governo fez, quando o Partido Socialista lhe entregou o governo de um País falido,…

O Sr. João Oliveira (PCP): — Então foi o Partido Socialista que entregou o Governo?! Isto não é uma

monarquia! Não passa de pais para filhos!

O Sr. Altino Bessa (CDS-PP): — … com os cofres vazios, com mais de 3000 milhões de euros de dívidas

do Serviço Nacional de Saúde, foi exatamente efetuar estes pagamentos, reajustar o Serviço Nacional de

Saúde e agora, sim, temos de exigir que o Governo faça a remodelação das urgências do hospital de

Guimarães.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente (Miranda Calha): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Sónia

Fertuzinhos.

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Permitam-me que também

comece por saudar os peticionários da petição com o tema «Quero que os meus filhos nasçam em

Guimarães», que pedem, para além da manutenção da maternidade no Hospital da Nossa Senhora da

Oliveira, em Guimarães, a revogação da portaria que categoriza os serviços e estabelecimentos do Serviço

Nacional de Saúde.

A posição do Partido Socialista neste debate assenta em quatro pontos fundamentais.

Primeiro ponto: esta portaria parte de um erro fundamental, pois foi feita sem o envolvimento dos autarcas,

dos profissionais de saúde e da população e, por isso, foi, e é, contestada pelos autarcas, pelos profissionais

de saúde e pela população, como esta petição aqui bem o demonstra.

Segundo ponto: esta portaria foi anunciada pelo Governo como uma peça fundamental da reforma dos

cuidados hospitalares, mas foi, quase de imediato, descredibilizada pelo próprio Governo, que, a qualquer

problema que a portaria levantasse, dizia imediatamente que ela não era para aplicar.

Esta portaria é um bom exemplo da incompetência e da incoerência de muitas decisões deste Governo. E

o exemplo vem exatamente na resposta que o Governo dá aos peticionários relativamente à maternidade do

Hospital de Nossa Senhora da Oliveira, em Guimarães, em que, de facto, como aqui já foi citado, o Sr. Ministro

responde aos peticionários dizendo que não está previsto o encerramento da maternidade no Hospital. No

entanto, a portaria que o Sr. Ministro e o Governo aprovaram, Sr.as

e Srs. Deputados — e Sr. Deputado Altino

Bessa, que não deve ter lido a Portaria com atenção —, define os grupos dos hospitais que têm vários

serviços, entre os quais Obstetrícia e Ginecologia.

O Sr. Altino Bessa (CDS-PP): — Não define a rede de maternidades!

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Ora, o hospital de Guimarães está no grupo que tem serviço de

ginecologia mas não tem serviço de obstetrícia, e, portanto, perde o serviço da maternidade.