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23 DE ABRIL DE 2015

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Repito: são menos 300 000 empregos! Esta é a dimensão do vosso falhanço, a dimensão da vossa falta de

credibilidade!

E o que dizer do défice das contas públicas? Previa, então, o DEO de 2015, da responsabilidade deste

Governo, um quase equilíbrio nas contas em 2015, um défice de 0,5% do PIB, que compara com a previsão,

que, aliás, poucos acompanham, de 2,7% de défice para o corrente ano. E o mesmo se diga da dívida, que se

afirmava atingir, pasme-se, menos de 102% em 2015 — onde é que ela vai! Diferenças brutais, face à

realidade que vivemos hoje. Essa é a dimensão do vosso falhanço, é a dimensão da vossa falta de

credibilidade.

Aplausos do PS.

Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as

e Srs. Deputados, feita esta recordatória dos vossos

compromissos, olhemos, então, para as previsões com que este Governo se compromete para 2019.

Depois do suposto êxito da governação destes quatro anos, que o Governo não se cansa de

propagandear, o melhor que o Governo de Passos Coelho tem para propor aos portugueses são metas e

objetivos em tudo idênticos aos prometidos em 2011 para o final da Legislatura que agora acaba, em 2015.

Repito, para não deixar nenhuma dúvida: o Governo afirma que o ajustamento foi um êxito, mas, nas variáveis

fundamentais, os objetivos que agora define para 2019 estão, alguns deles, aquém do que há quatro anos

prometiam para este ano de 2015.

Aplausos do PS.

Porque esta é uma questão importante, vejamos com um pouco mais detalhe: o PIB previsto então para

2015 só será atingido em 2019, o emprego real será, em 2019, de 140 000 postos de trabalho abaixo do que

se previa atingir em 2015 — do que previa o Governo, não a oposição. O Governo não assume este falhanço,

mas estes números que agora apresenta no Programa de Estabilidade são a confissão desse mesmo

falhanço.

Pedem a confiança dos portugueses para terem uma segunda oportunidade e para alcançarem os mesmos

objetivos que fracassaram com a mesma receita que já falhou!

Aplausos do PS.

Que melhor prova de fracasso, de falhanço de quatro anos de políticas erradas, de incapacidade para

corrigir os erros? Quem pode acreditar num Governo que, no essencial, vem propor, para 2019, o que já tinha

prometido para 2015? Quem pode acreditar num Governo que promete agora onde já falhou e que o faz

insistindo nas políticas que estão na base desse falhanço?

Aplausos do PS.

Que faz este compromisso, prolongando, até ao final da próxima Legislatura, as medidas restritivas

extraordinárias que foram concebidas para o programa de assistência financeira e que insiste em novas

medidas profundamente restritivas, como são o corte das pensões em pagamento, seja qual for a forma que

resolverem inventar e que não tiveram agora a coragem de apresentar?

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Está a falar de 2009!

O Sr. Vieira da Silva (PS): — Não, Sr.ª Ministra das Finanças, não estamos a falar de coerência, estamos

a falar de incapacidade em assumir o falhanço e de falta de coragem para o corrigir.

Aplausos do PS.