27 DE ABRIL DE 2015
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O Sr. Secretário de Estado da Administração Local: — … sabe que não há presidente de câmara, não
há autarquia que, neste mês de abril, a aprovar as suas contas, não tenha dito ao País e aos seus munícipes:
«Conseguimos reduzir a dívida, melhorámos a nossa sustentabilidade, ajustámos as nossas contas». E dizem-
no, ao contrário do que a Sr.ª Deputada refere, com orgulho. Porquê? Porque os autarcas, como esta maioria,
sabem que governar bem, governar pelas pessoas é governar com boas contas, Sr.ª Deputada!
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. Secretário de Estado da Administração Local: — Não há semana, neste mês de abril, em que não
haja uma assembleia municipal a dizer: «Reduzimos o nosso desequilíbrio, reduzimos a nossa dívida, isto é
bom para os nossos contribuintes».
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Protestos do PCP.
Sr.ª Deputada, deixe-me dizer-lhe, e também à Sr.ª Deputada Helena Pinto, que disse: «Não! Há um caso,
pelo menos, em que este emagrecimento e ajustamento colocaram em causa o serviço público» — pelos
vistos, no máximo, terá sido apenas um caso —,…
A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Não é um, são vários!
O Sr. Secretário de Estado da Administração Local: — … que, nesse caso de Aveiro, o problema não é
a extinção da empresa municipal, é a dívida que vinha de trás.
Vozes do CDS-PP: — Ora!
Protestos da Deputada do BE Helena Pinto.
O Sr. Secretário de Estado da Administração Local: — O problema não é ter de pagar a dívida, é a
dívida existir, Sr.ª Deputada Helena Pinto!
O Sr. Presidente (António Filipe): — Tem de concluir, Sr. Secretário de Estado.
O Sr. Secretário de Estado da Administração Local: — Sr.ª Deputada, perante a dívida, o problema não
é dizer: «Que mau, temos de pagar!». Não! O caminho certo, aquilo que os portugueses nos pedem é que a
paguemos e eliminemos os desequilíbrios e os desajustamentos. Foi isso que fizemos e é nisso que as
autarquias estão a dar um exemplo ao País!
Para terminar, Sr. Presidente, estamos há três anos e meio a fazer reformas profundíssimas na
administração local e os autarcas têm dado uma lição do que é o reformismo: têm negado à oposição
parlamentar a teoria de que uma reforma é má e têm mostrado que os receios que VV. Ex.as
lhes quiseram
impor, imputar ou sugerir estavam errados.
O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Muito bem!
O Sr. Presidente (António Filipe): — Tem de concluir, Sr. Secretário de Estado.
O Sr. Secretário de Estado da Administração Local: — Foi possível reformar, na administração local,
com grande melhoria do equilíbrio e da sustentabilidade, continuando a defender o serviço público e
mostrando ao País que reformar vale a pena e dá resultados.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.