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2 DE MAIO DE 2015

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A Sr.ª Catarina Marcelino (PS): — Termino já, Sr.ª Presidente.

O que é que o Governo quer esconder dos portugueses e das portuguesas? A maioria está a impedir a

Assembleia da República de fiscalizar a ação do Governo, a maioria está a impedir a Assembleia da República

de ter informação sobre o processo de requalificação na Administração Pública. É hoje uma boa oportunidade,

aqui, de nos darem a informação que nos andam a sonegar, há semanas e semanas, sobre este processo.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Artur Rêgo, do CDS-PP.

O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr. Ministro, Srs. Secretários de Estado: Realmente, o PS

consegue fazer aqui repetidamente, ao longo dos anos, esta figura triste, que já aqui foi salientada,…

A Sr.ª Catarina Marcelino (PS): — Figura triste faz o senhor!

O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — … de ser quase anti-português, porque, de cada vez que as coisas correm

mal, põe-se aos berros, «Aqui d’El Rei», e a marcar debates de urgência. Quando as coisas correm bem, há

que desvalorizar, há que deitar abaixo, há que dizer que nada significa.

Vou reportar-me à abertura deste debate, por parte do Sr. Deputado Nuno Sá, que disse só isto:

«Nenhuma manobra dilatória, nenhum expediente pode ocultar a realidade, os números respondem a estas

questões de forma clara».

Protestos do Deputado do PS Nuno Sá.

Tem toda a razão, Sr. Deputado, vamo-nos deixar de malabarismos e passemos aos números, que são

muito simples de quantificar. Entrámos para o Governo a meio de 2011, com um Orçamento do Estado ainda

do tempo do Partido Socialista, com um País completamente falido, sem dinheiro nos cofres, a recorrer a

ajuda externa.

Protestos do Deputado do PS Nuno Sá.

Foi este o País que herdámos e vou dizer-lhe o que se passou, Sr. Deputado: entre 2005 e 2011, o Partido

Socialista conseguiu aumentar a taxa de desemprego de 7,2% para 12,4% e nós herdamos o País nestas

circunstâncias. Quatro anos depois, com a nossa governação, a taxa de desemprego, em período homólogo,

subiu de 12,4% para 13,1%. Veja lá a diferença das duas governações! São factos, Sr. Deputado!

A taxa de risco de pobreza, com o Partido Socialista, em 2011, quando deixou o Governo, tinha-se

agravado e recuado para níveis de 2006.

A taxa de emprego, quando o Partido Socialista nos entregou o País, em 2011, tinha recuado 14 anos.

A taxa de investimento do País, quando o Partido Socialista nos entregou o País, em 2011, tinha recuado

19 anos.

Já para não referir o fenómeno da emigração, de que os senhores tanto falam, que, quando o Partido

Socialista, em 2011, nos entregou o País, tinha recuado para níveis de 1967 — 44 anos, Sr. Deputado!

No entanto, não obstante toda esta demagogia e toda esta triste figura de se regozijar quando as coisas

correm mal, quando agora saem dados do INE corrigidos que vêm dizer que, afinal, estavam enganados e que

a taxa de desemprego não era acima de 14%, mas era, pelo contrário, de 13,6%, o que é que o Partido

Socialista aqui diz? Por acaso, diz «ainda bem para os portugueses, ainda bem para todos aqueles que

conseguiram emprego»? Não, nada disto! Desvaloriza e diz que há números escondidos, há números que não

constam das estatísticas. É patético, Srs. Deputados! Até dão o exemplo de uma famosa senhora, filha de um

herói de Abril, é verdade, do Capitão Salgueiro Maia, esquecendo-se, não se lembrando ou nem sequer

sabendo, que saiu do País — é verdade, sim senhor — mas fugindo do PS, fugindo do Governo Sócrates, e

não temos nada a ver com isso.