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I SÉRIE — NÚMERO 88

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O Sr. Luís Montenegro (PSD): — É mesmo caso para dizer que o Partido Socialista está dentro da

oposição a cumprir um dos seus desígnios, creio eu, que é o seguinte: antes que outro partido se lembre, o

Partido Socialista quer já assumir como sua a versão portuguesa do conto de crianças da política na Europa.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Muito bem!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — É isto que o Partido Socialista diz aos portugueses: «Vamos conseguir

tudo e o seu contrário, vamos prometer tudo e o seu contrário».

Sr.ª Presidente, para terminar, quero ainda referir que o Partido Socialista tem evidenciado também uma

outra característica, a arrogância.

Já no último debate aqui falei da forma como o Partido Socialista e o seu líder encaram as críticas que

ouvem ou que leem na comunicação social, mas este caso da TAP e a forma como o Partido Socialista se

comportou é digno de denúncia pública de uma cultura de poder e da arrogância do Partido Socialista.

O Dr. António Costa disse ao País, ipsis verbis, o seguinte: «Que ninguém pense em comprar mais de 49%

do capital da TAP», em pleno processo de privatização.

Como aqui já foi dito, o PS lançou a privatização da TAP, em Portugal, colocando-a nos PEC e no

Memorando, e o PS, que perdeu as eleições em 2011 e só por isso não concretizou este processo de

privatização, vem agora dizer, avisar, ameaçar o seguinte: «Se o Partido Socialista ganhar as eleições, as

decisões legítimas que os órgãos de soberania tomaram, em Portugal, sobre esta matéria, não vão ser

respeitadas».

É isto o que quer dizer a frase do Dr. António Costa e é isto que tem de ser denunciado, porque uma coisa

é discordar do modelo de privatização — isso é legítimo! —, outra coisa é não respeitar a palavra do Estado,

dos órgãos do Estado.

Vozes do PSD: — Muito bem!

A Sr.ª Presidente: — Queira concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — E, Sr. Primeiro-Ministro, queria deixar-lhe uma última nota, para não

deixar de lhe dizer uma coisa que, no fundo, nos deve incentivar a prosseguir. Ouvir, respeitar a oposição, mas

prosseguir. Efetivamente, o que ouvimos aquando do processo dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, o

que ouvimos, na comunicação social e no Parlamento!…

A Sr.ª Presidente: — Queira concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Pois bem, o processo avançou, hoje a empresa está a crescer,…

Vozes do PCP: — Está, está!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — … hoje a empresa está a gerar emprego, a União Europeia veio dar

razão à argumentação do Governo, a economia está a beneficiar, está a criar-se valor e preservámos a

construção naval em Portugal.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — De facto, Sr. Primeiro-Ministro, podemos respeitar e ouvir a oposição,

mas só temos um caminho, o de prosseguir, de sermos firmes e trazer bem-estar à vida dos nossos

concidadãos.

Aplausos do PSD e do CDS-PP: