I SÉRIE — NÚMERO 107
50
A Sr.ª Inês Teotónio Pereira (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: Começo por saudar
esta iniciativa por ser um exemplo de exercício pleno de democracia e por representar uma efetiva
participação dos cidadãos no processo legislativo.
Vozes do CDS-PP: — Muito bem!
Protestos do BE.
A Sr.ª Inês Teotónio Pereira (CDS-PP): — Noutra sede, já tratámos da questão das taxas moderadoras.
Quanto a esta iniciativa de mais de 48 000 cidadãos, queria destacar dois pontos que nos parecem
relevantes e merecem reflexão.
O primeiro é sobre a objeção de consciência e a necessária clarificação no sentido em que a sua evocação
não prejudique o necessário acompanhamento dos pacientes.
Vozes do CDS-PP: — Muito bem!
A Sr.ª Inês Teotónio Pereira (CDS-PP): — O segundo prende-se com a questão dos subsídios por
interrupção da gravidez e, nomeadamente, pelo facto de este subsídio ser atribuído a 100%, gozando, assim,
de um caráter de exceção quando comparado com outras baixas médicas que visam conceder proteção por
impedimento do exercício laboral.
O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Muito bem!
A Sr.ª Inês Teotónio Pereira (CDS-PP): — Por fim, queremos assinalar que o respeito pelo resultado do
último referendo não impede o cumprimento efetivo dos vários preceitos legais, que até já estão em vigor mas
nem sempre passaram das normas aos factos.
Aplausos do CDS-PP e do PSD.
A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, fica concluído o debate sobre esta matéria.
Passo a enunciar o próximo ponto da ordem do dia, ao qual não foram atribuídos tempos para debate:
propostas de resolução n.os
117/XII (4.ª) — Aprova o Acordo entre a República Portuguesa e a Universidade
das Nações Unidas relativo à Unidade Operacional de Governação Eletrónica Orientada para Políticas da
Universidade das Nações Unidas em Guimarães, Portugal, assinado em Lisboa, em 23 de maio de 2014 e
118/XII (4.ª) — Aprova o Acordo entre a República Portuguesa e a Universidade das Nações Unidas relativo à
Criação, Funcionamento e Localização da Unidade Operacional de Governação Eletrónica Orientada para
Políticas da Universidade das Nações Unidas em Guimarães, Portugal, assinado em Lisboa, em 23 de maio
de 2014.
Lembro a Câmara que ainda decorre na Sala Dona Maria a eleição de um juiz para o Tribunal
Constitucional. Peço aos Srs. Deputados que ainda não votaram o favor de o fazerem.
O próximo ponto da nossa ordem de trabalhos está destinado a intervenções de Deputados, ao abrigo do
n.º 2 do artigo 76.º do Regimento da Assembleia da República, ou seja, intervenções individuais dos
Deputados não contabilizadas nos tempos de intervenção dos grupos parlamentares.
Assim sendo, temos dois Srs. Deputados inscritos e dou, desde já, a palavra à Sr.ª Deputada Gabriela
Canavilhas.
A Sr.ª Gabriela Canavilhas (PS): — Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: Os quatro anos desta
Legislatura, que provocaram feridas profundas no tecido social português e cujas cicatrizes ainda estão longe
de sarar, assentaram num conjunto de princípios, enunciados de forma muito básica e com uma retórica muito
próxima de um certo simplismo, cuja eficácia, apesar de tudo, não deixou de dar os seus frutos.