O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

11 DE NOVEMBRO DE 2015

55

Haverá um momento para começarmos a preocupar-nos a sério com a fuga das pessoas do nosso País? Com

a fuga de 110 000 em idade ativa por ano, por não encontraram aqui um emprego digno?

Já sei! Aqui, neste Plenário, para a direita, falar de mercados é preocupação de gente séria; falar da fome e

do desespero, é demagogia insuportável.

Aplausos do BE, do PS e do PCP.

E, mais, repetiu a direita ao longo de todo o debate como ao longo dos últimos anos: se os mercados não

estiverem felizes e bem alimentados, ninguém no País terá o que comer. E enquanto cuidam zelosamente dos

sempre insaciáveis e irascíveis mercados nem se dão conta que o País se esvazia de gente e se esvazia de

futuro.

Eu não me esqueço! Nós não nos esquecemos!

Protestos do PSD.

O Bloco de Esquerda não se esquece e é por isso que rejeitamos este Governo, é por isso que

construímos a alternativa, um compromisso em nome das pessoas, um compromisso de quem não se demite

de responder à emergência, de quem não esquece.

Logo na pré-campanha eleitoral, o Bloco de Esquerda assumiu esse compromisso da disponibilidade para

uma maioria que respondesse à emergência. Anunciámo-lo publicamente: cá estaríamos para debater uma

solução para o País com um Partido Socialista que se comprometesse com medidas essenciais pelo emprego,

salários, pensões. E cumprimos com o nosso compromisso.

Vozes do BE: — Muito bem!

A Sr.ª Catarina Martins (BE): — A recuperação de rendimentos prevista no acordo é tímida face a tudo o

que se perdeu nestes anos; a proteção social fica aquém da emergência criada pela destruição da direita; a

capacidade de investimento é curta face à absoluta necessidade de reconstrução da capacidade produtiva e

do emprego, mas são os passos possíveis…

Vozes do PSD: — Ah!…

A Sr.ª Catarina Martins (BE): — … nos constrangimentos de que o Partido Socialista não abdica. Não

concordamos, mas sabemos que os passos que fomos capazes de dar juntos são a diferença entre continuar

a empobrecer ou responder pela vida das pessoas, e não faltamos à responsabilidade.

Aplausos do BE, do PS e do PCP.

A clareza de quem sempre disse ao que vem e nunca baixa os braços é a maior garantia de estabilidade

de quem não falha ao compromisso que faz.

Quem transformou linhas vermelhas em linhas laranjas para ser vice-primeiro-ministro pode não

compreender que a estabilidade radique, antes de tudo o mais, no compromisso político claro com o País.

Também essa é uma mudança que hoje fazemos e de que nos orgulhamos.

Sr.as

e Srs. Deputados, nestas eleições trabalhámos afincadamente para uma convergência o mais ampla

possível, que garanta estabilidade à vida das pessoas e que, por isso, permita uma solução de governo para a

legislatura. E foi possível. Há compromissos sobre a recuperação de rendimentos da função pública, do salário

mínimo, da reposição de pensões, do alívio fiscal de quem vive do seu trabalho, da proteção da habitação e de

cobrar impostos a quem nunca pagou e tem sempre ganho nestes anos. Compromissos com a contratação

coletiva e a proteção contra o abuso e a precariedade; compromissos com feriados e horas de trabalho;

compromissos contra privatizações, porque um país não se vende, compromissos com a escola e o Serviço

Nacional de Saúde.

Páginas Relacionadas
Página 0056:
I SÉRIE — NÚMERO 4 56 O Sr. Presidente: — Peço-lhe que conclua, Sr.ª
Pág.Página 56
Página 0057:
11 DE NOVEMBRO DE 2015 57 Aplausos do PS. Palavra dada tem de
Pág.Página 57
Página 0058:
I SÉRIE — NÚMERO 4 58 Aplausos do PS, do BE, do PCP e de Os Ve
Pág.Página 58
Página 0059:
11 DE NOVEMBRO DE 2015 59 Nós não nos antecipámos nem impedimos aquilo que c
Pág.Página 59
Página 0060:
I SÉRIE — NÚMERO 4 60 de que o País carece e assegurando aos portugue
Pág.Página 60