I SÉRIE — NÚMERO 11
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Quando olhamos para este território na sua relação, por exemplo, com a Galiza, temos de verificar também
as complementaridades da oferta com os espaços que são colaterais na província de Ourense.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, trazidos aqui estes temas, que são muito importantes, importa que o
Parlamento se foque também na disponibilidade que existe no território.
Por último, faço uma análise do PIN que levou a investimentos consideráveis em Vidago e em Pedras
Salgadas. Entendemos que, neste momento, importa conhecer verdadeiramente a situação dos projetos que
em tempos, já há bastante tempo, foram aprovados para esta região.
Conhecemos os investimentos já feitos, mas importa que façamos uma avaliação dos investimentos não
feitos e importa, essencialmente, que possamos ter consciência daquelas que foram as desautorizações que o
Governo anterior concedeu a estes mesmos projetos. Ou seja, o Governo anterior aliviou as responsabilidades
públicas deste projeto de interesse nacional em que importa que o Parlamento, o País e a região conheçam
verdadeiramente a circunstância em que isso aconteceu.
Portanto, Sr. Presidente, apresentamos aqui, hoje, uma iniciativa que visa colocar as questões do termalismo
no debate político nas áreas da saúde e do turismo, sem deixar de fazer uma avaliação daquelas que são as
iniciativas mais territoriais e mais locais e que também foram importantes neste mesmo debate.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado António
Costa Silva.
O Sr. António Costa Silva (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Antes de mais, começo por
cumprimentar o Sr. Deputado José Luís Ferreira por ter apresentado, no Hemiciclo, este projeto PIN da Unicer
em Vidago, Pedras Salgadas. Para nós, é uma iniciativa interessante, mas, na realidade, deixa-me um pouco
confuso. E deixa-me confuso por uma razão muito simples: não percebo por que é que os senhores não
perguntam diretamente ao Sr. Primeiro-Ministro ou ao Sr. Ministro da Economia por que é que não resolvem o
assunto diretamente, já que os senhores fazem parte de uma coligação que apoia o Governo, já que são muito
amigos. Portanto, não percebemos por que é que não resolvem o assunto diretamente. Isto porque se o que
está em causa é uma questão de incumprimento da lei, então cumpra-se a lei. Essa é a questão central, e os
senhores, permitam-me sinceramente que vos diga: façam cumprir a lei.
O Sr. António Filipe (PCP): — Não tem mais nada para dizer!
O Sr. António Costa Silva (PSD): — Portanto, em concreto, não percebo a apresentação da iniciativa por
uma razão muito simples: se o objetivo é que a Unicer cumpra um contrato, se é que não está a ser cumprido,
com o Estado português… Ou seja, para que a lei seja cumprida não são precisos recados, nem projetos de
resolução, enviados através da Assembleia da República, penso eu. Sejam muito claros sobre isso.
Já agora quero dizer-lhe que o PSD é a favor do cumprimento de todas as obrigações das empresas com o
Estado, seja a Unicer, seja qual for a empresa, não há exceções. Portanto, cumpra-se a lei neste e em todos os
casos — é isso que defendemos.
Depois, o que é que sabemos em concreto sobre este projeto? Sabemos que é um projeto aprovado em
2005, que, nos termos iniciais, foi objeto de uma proposta de alteração em 2010, quanto aos valores de
investimento, ao números de empregos a manter e a criar e aos incentivos e benefícios fiscais do projeto a
receber, neste caso pelo Grupo Unicer.
Se o projeto não está encerrado e se há compromissos que não foram assumidos por uma ou por outra parte,
Não há dúvida nenhuma de que Pedras Salgadas precisam, naturalmente, de investimentos públicos e de
muitos investimentos privados que criem emprego e riqueza na região.
A Unicer é, e deve continuar a ser, um parceiro fundamental daquela vila e do município na promoção do
desenvolvimento local em todo aquele território. É fundamental.
O Sr. Jorge Machado (PCP): — Viu-se!