13 DE OUTUBRO DE 2016
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O Sr. Rui Riso (PS): — Termino, Sr. Presidente.
É tendo isso em consideração que pensamos devermos aguardar pelo resultado final do estudo, que será a
31 de outubro.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem agora a palavra o Sr. Deputado Pedro Roque para uma
intervenção.
O Sr. Pedro Roque (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Trazem-nos hoje o Bloco de Esquerda,
através de um projeto de resolução, e o Partido Comunista, através de um projeto de lei, um novo debate sobre
a questão da precariedade.
Mas um dado é de realçar: quem ouviu as intervenções destas duas bancadas, incluindo também a bancada
de Os Verdes, ficou com a ideia de que a precariedade, e a precariedade no Estado, foi algo que começou em
2011 com o Governo anterior. Nada mais falso! A precariedade é uma consequência da crise económica.
A Sr.ª Maria das Mercês Soares (PSD): — Muito bem!
A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Começo a achar que este é um problema recente!
O Sr. Pedro Roque (PSD): — É uma consequência da falta de crescimento deste País. E só será resolvida
exatamente desta maneira.
Devo dizer que o Governo anterior, representado aqui pelo PSD e pelo CDS, não tem de se embaraçar com
esta matéria.
A Sr.ª Maria das Mercês Soares (PSD): — Muito bem!
O Sr. Pedro Roque (PSD): — Apesar das circunstâncias particularmente difíceis do ponto de vista financeiro,
económico e social, diminuímos continuamente o desemprego desde o primeiro trimestre de 2013. Desde esse
período até ao final do primeiro trimestre de 2015, o número de trabalhadores por conta de outrem com contratos
sem termo elevou-se em cerca de mais 181 000, enquanto o número de trabalhadores com contrato a termo se
elevou em mais 63 900 trabalhadores. Isto é, por cada emprego criado suportado por contratos a termo foram
criados cerca de 2,8 empregos baseados em relações permanentes de trabalho, suportadas por contratos sem
termo.
A Sr.ª Maria das Mercês Soares (PSD): — Muito bem lembrado!
O Sr. Pedro Roque (PSD): — Portanto, esta é uma realidade que convém não escamotear.
O Sr. António Carlos Monteiro (CDS-PP): — Muito bem!
O Sr. Pedro Roque (PSD): — Outra questão é também a das medidas ou políticas ativas de emprego. Já
aqui foi dito que as políticas ativas de emprego são o Estado social no seu melhor. Foi aquilo que Roosevelt fez
nos anos 30 nos Estados Unidos, foi aquilo que os países escandinavos fizeram no pós-Guerra e em situações
de elevado desemprego no sentido de pôr as pessoas em contacto com o mundo do trabalho,…
A Sr.ª Maria das Mercês Soares (PSD): — Muito bem!
O Sr. Pedro Roque (PSD): — … de permitir que tenham um rendimento por esse mesmo trabalho e possam
mais facilmente arranjar um emprego.