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27 DE OUTUBRO DE 2016

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O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Várias vezes, nesta Câmara.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Tem de concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Sr.ª Presidente, vou concluir.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — A Mesa tem sido muito tolerante, mas, de facto, já ultrapassou

largamente os 3 minutos de que dispunha.

O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Sr.ª Presidente, só lhe peço que seja também tolerante comigo. Muito

obrigado.

Sr. Deputado, queria fazer-lhe a seguinte pergunta: está o CDS preparado para vir trabalhar, com propostas,

para melhorar este Orçamento do Estado na especialidade, ou vai refugiar-se, tal como o PSD, numa abstenção

que não ajuda o País…

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Qual abstenção? Nós votamos contra!

O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — … e que permite que, neste momento, uma parte significativa dos

portugueses não seja representada nesta discussão orçamental?

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Tem a palavra o Sr. Deputado João Pinho de Almeida para responder.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Eurico Brilhante Dias, ainda o

Governo não tinha apresentado o Orçamento do Estado na Assembleia da República e já o CDS tinha

apresentado propostas que poderiam melhorá-lo, porque, sendo propostas estruturais, obviamente que

poderiam entrar em qualquer Orçamento do Estado. Se o senhor não percebe… Eu sei que percebe, não sou

paternalista; o senhor foi-o, e eu dispenso-me de o ser, acho que não devemos ser paternalistas uns com os

outros… Mas o senhor percebe a diferença entre discutir questões específicas de um Orçamento do Estado e

discutir as grandes opções do Orçamento do Estado. Quando falamos de mapas, também não estamos a falar

de geografia, como calcula: quando falamos de mapas, estamos a falar de material que falta nos hospitais;

quando falamos de mapas, estamos a falar de pessoal que falta nas escolas; quando falamos de mapas,

estamos a falar de uma execução orçamental que, por alguma razão, este Governo quer esconder. Porque é

que será?

Imagine, Sr. Deputado, qual será a relação entre os problemas que todos os dias se verificam nos serviços

públicos e a dificuldade que o Governo tem em ser transparente com o Parlamento e em mostrar como é que

tem sido gasto o dinheiro do Orçamento do Estado neste ano? Qual é a relação entre os cortes que o Governo

tem feito e o dia a dia desesperante de quem trabalha nos serviços públicos e de quem a eles tem de recorrer?

Mas, mais, Sr. Deputado, a questão dos mapas não é uma obsessão do CDS. A questão dos mapas é

classificada pela UTAO (Unidade Técnica de Apoio Orçamental), que é uma unidade independente deste

Parlamento, como uma ilegalidade. Ilegalidade, Sr. Deputado!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Ora bem!

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Portanto, como foi o Governo que cometeu uma ilegalidade,

conviria ter uma maior sensibilidade para a questão do que a que o Sr. Deputado manifestamente teve.

Mas vou dizer-lhe outra coisa. O Sr. Deputado disse que o aumento das pensões mínimas sociais e rurais,

decretado pelo Governo anterior, foi discricionário. Foi! Sabe porquê? Porque houve um governo antes do nosso