O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 17

52

trazida ao Parlamento. Sabe quem a trouxe? Foi o CDS. Sabe o que aconteceu? Quando o CDS e o PSD

propuseram que os salários da Caixa não pudessem aumentar para o dobro, como aumentaram, os senhores

votaram com o PS.

Portanto, fazer de conta é dizer que se vai trazer à discussão no Parlamento o que já aqui esteve e que os

senhores impediram, porque votaram ao lado do PS.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para pedir esclarecimentos, em nome do Partido Socialista, tem a

palavra o Sr. Deputado Eurico Brilhante Dias.

O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados, Sr. Deputado João Almeida, deixe-

me dizer-lhe que a sua intervenção fez-me remeter, na História, para o momento em que nesta Câmara

discutimos os Orçamentos do Estado para 2012, para 2013, para 2014 e para 2015. Nesses momentos, as

pensões, as mínimas das mínimas, em Portugal foram aumentadas de forma discricionária, sem atacar a

pobreza, em, aproximadamente, 30 milhões de euros — entre 30 a 35 milhões de euros.

Neste Orçamento do Estado, as pensões aumentarão quase 190 milhões de euros, com o reforço do

complemento solidário para idosos.

Aplausos do PS.

Sr. Deputado, penso que o senhor tem um problema. Começou a sua intervenção a falar de mapas. Deixe-

me dizer-lhe que não sei se lhe hei de dar um mapa ou uma bússola para o senhor sair do nevoeiro dialético em

que acabou por apresentar a posição do CDS.

Protestos do CDS-PP.

A posição do CDS é a seguinte: os mapas são essenciais para perceber a trajetória orçamental. Mas depois,

passados 5 minutos, aliás, nem isso, 3 minutos, está a criticar as opções e os próprios números do Orçamento

para concluir, no fim, com propostas de alteração — sejam bem-vindas à discussão, pelo menos nisso é diferente

no que tem sido o papel do PSD! — sobre a base, que é este Orçamento do Estado.

Sr. Deputado, há uma questão que é essencial: os senhores falam de mapas, nós falamos de aumento de

pensões; os senhores falam de mapas, nós falamos do aumento do abono de família; os senhores falam de

mapas, nós falamos de reposição de rendimentos aos funcionários públicos; os senhores falam de mapas, nós

falamos da devolução da sobretaxa.

O CDS tem de vir a este jogo, mas tem de sair do nevoeiro em que se enredou e em que está a deixar-se

enredar pelo PSD. O PSD não quer discutir o Orçamento do Estado, como não quis discutir o Orçamento do

Estado para 2016, mas esse não foi o papel do CDS. O CDS veio a jogo com propostas.

Sr. Deputado, não se deixe enredar pela oposição fácil sem propostas e não se esconda atrás dos mapas.

Vamos fazer propostas e discutir o Orçamento do Estado, que é um Orçamento sério, que cumpre os

compromissos internacionais, que cumpre os compromissos nacionais, do País, e, mais, que permite também

ao CDS, coisa que não aconteceu no passado com o PS, participar no Orçamento, porque durante quatro anos,

quando o Partido Socialista veio a jogo, insistentemente as suas propostas foram sempre recusadas.

Quando oiço a Sr.ª Deputada Assunção Cristas dizer que o Grupo Parlamentar do PS e o Governo têm pouca

vontade em aceitar as propostas do CDS,…

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Têm, sim senhor!

O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — … lembro-me bem de o Governo, nesta Câmara, durante quatro anos,

não aceitar propostas de nenhum partido da oposição.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Isso não é verdade! Seja sério!